Carregando
0%É muito importante que a gente tenha uma relação financeira vantajosa com os bancos, pois há muitos fatores que influenciam nas nossas finanças e que podem fazer com que a gente perca dinheiro se não tiver cuidado, como é o caso do spread bancário.
Talvez você ainda não tenha ouvido falar sobre ou não entenda bem o que é e como o spread bancário interfere diretamente no seu bolso, não é mesmo?
Pois saiba que ele impacta diversas operações financeiras, principalmente o preço de empréstimos, financiamentos, o preço de serviços bancários e até mesmo o rendimento de investimentos.
Atualmente, o Brasil é o país com o segundo maior spread bancário, só ficando atrás da ilha africana Madagascar. E esse é um pódio onde o Brasil se encontra é um lugar ninguém deseja para o seu país.
Isso porque o spread alto tem impacto direto em nosso bolso, seja na hora de usar o cartão de crédito, solicitar um empréstimo ou até mesmo no lucro quando se está investindo dinheiro.
Sabendo da importância do spread bancário nas finanças, hoje o Portal Finança traz este guia completo com tudo o que você precisa saber sobre spread bancário, a “taxa” utilizada pelos bancos ao emprestar e pedir dinheiro emprestado.
O que é spread bancário?
Spread em economia basicamente é a diferença entre o valor gasto para a aquisição de um ativo qualquer, como ação, moeda, títulos, dinheiro, bens e etc., e o valor para a venda do mesmo item.
Essa relação mostra o lucro ou prejuízo em diversas operações, que podem ser realizadas por diferentes instituições, empresas ou mesmo por pessoas físicas.
No caso específico do spread bancário, trata-se da diferença do valor que as instituições financeiras pagam para captar recursos e o valor que elas cobram para emprestar dinheiro.
Ou seja, a diferença que os bancos pagam como rendimento ou lucro para quem investe em papéis ou títulos disponibilizados por ele e o quanto ele cobra para liberar crédito.
Normalmente, o spread é muito favorável aos bancos, principalmente aqui em nosso país, que tem o segundo maior spread bancário do mundo que se aproxima de 40%.
E ele é importante para todos nós por influenciar diretamente no preço que pagamos por serviços e produtos financeiros, bem como dos juros praticados pelos bancos.
Para que serve o spread bancário?
O spread bancário garante aos bancos o pagamento de todas suas despesas, bom fluxo de caixa, lucro para e pagamento de dividendos aos seus acionistas.
Então, o dinheiro decorrente do spread bancário faz com que as instituições financeiras, além de manterem seu funcionamento pleno, tenham lucro.
E como bem sabemos, os bancos no Brasil lucram muito ano após ano, inclusive alguns deles bateram recordes de rendimento, mesmo durante o período da pandemia.
A seguir, você verá como o alto spread praticado pelos bancos aqui no Brasil é o fator mais determinante para que eles lucrem tanto.
Além disso, também vai entender como o alto spread afeta o bolso de milhões de pessoas que precisam de crédito e também de quem investe.
Como funciona o spread bancário?
De forma básica, o spread bancário é a diferença entre o quanto as instituições financeiras pagam pela captação de dinheiro e o quanto cobram para emprestar.
Ou seja, a diferença entre o valor que é pago, por exemplo, aos investidores pelos bancos e o quanto os bancos recebem pelo crédito que disponibilizam aos clientes.
Então, de certa forma, ele funciona como um mecanismo usado para garantir que instituições financeiras e bancos possam cobrir todos os seus gastos e lucrem.
Aqui no Brasil, o spread bancário é extremamente alto, sempre favorecendo os bancos quando relacionado aos seus clientes.
Como o spread bancário afeta meu dinheiro?
Ele aumenta o custo de diversas operações financeiras e de créditos, assim como o de produtos e serviços bancários que milhões de pessoas utilizam.
Assim, o spread faz com que os clientes de certa forma percam dinheiro pagando mais juros, taxas, custos de operações bancárias.
Esse custo maior para os clientes com a cobrança de taxas elevadas acontece no uso de serviços bancários cotidianos e, principalmente, em operações de crédito.
O spread interfere nos juros de empréstimos pessoais e financiamentos, uso do limite do cheque especial, atraso ou parcelamento do cartão de crédito, entre outros.
Assim, o spread bancário aumenta o valor final que pagamos, principalmente de juros e outras taxas, fazendo com que gastemos mais dinheiro.
Então, ele afeta diretamente no aumento dos nossos gastos na relação com as instituições financeiras e seus produtos e serviços de forma geral.
E como vimos, o spread bancário brasileiro está no pódio entre os mais altos do mundo e somos nós, clientes, que mais sofremos com isso.
Atualmente, ele impacta muito o valor cobrado pelo crédito, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas. E entenderemos os motivos ao longo do texto.
Além de atrapalhar os planos de pessoas e famílias que precisam de crédito e de ter peso no endividamento, ele também impacta negativamente o setor produtivo.
Isso porque, principalmente no caso de empresas de menor porte e negócios em estágio inicial, o peso dos juros das linhas de crédito e financiamento dificulta investimentos.
Então podemos dizer até mesmo que o alto spread tem peso negativo em toda a cadeia econômica nacional, visto que o crédito é muito caro.
Contratação de crédito
Como visto inicialmente acima, a contratação de crédito é dificultada e encarecida por termos um spread bancário acima de qualquer outra das 50 principais economias do mundo.
Atualmente, o Brasil tem o segundo maior spread bancário do planeta, atrás apenas de Madagascar, uma ilha africana que não deixa (ainda) o Brasil ter a desonrosa primeira posição. Por isso, o acesso ao crédito, apesar de não costumar ser difícil, é caro no Brasil, com as taxas de juros muito altas.
Além das altas taxas do empréstimo pessoal, tem aquelas que são as mais altas do mercado, como o limite do cheque especial e o rotativo do cartão.
Investimentos
O spread, de forma simplificada, é a diferença entre o valor que os bancos pagam em rendimento ao captar dinheiro e o quanto cobram ao oferecer crédito.
Como o spread bancário é alto favorável às instituições financeiras, você já percebeu que os bancos ganham muito dos clientes investidores nessa relação, não é mesmo.
E isso não é “só” por cobrarem muitos juros pelo dinheiro que emprestam, mas também por pagar relativamente pouco aos investidores.
Por isso, os papéis emitidos e disponibilizados pelos bancos, como seus CDBs, por exemplo, costumam ser bem menos rentáveis do que os oferecidos por corretoras.
Por isso e pela maior diversificação de investimentos e, por consequência, da sua carteira, indicamos que faça seus investimentos em corretoras, que, em média, pagam mais que os grandes bancos.
Quais são os tipos de spread dos bancos?
Os principais tipos de spread que existem nas instituições financeiras são o spread bancário, que vimos um pouco e trataremos melhor adiante, além do spread cambial e do spread financeiro.
Todos eles têm um mesmo princípio: ganhos dos bancos ou outras instituições através da diferença entre o valor da aquisição e da disponibilização de um bem, moeda ou ativo financeiro, por exemplo.
Assim, o spread é uma ferramenta dos bancos para cobrir os custos de todas suas operações e ações, além de conseguir lucrar.
Spread bancário
Tema principal do nosso guia de hoje, como vimos, o spread bancário é a diferença entre os valores que os bancos pagam para captar dinheiro e o que recebem por emprestar.
O spread brasileiro é extremamente alto, sendo o segundo maior do mundo, e é responsável pelos bancos lucrarem tanto aqui no nosso país.
Para exemplificar, é a diferença quando, por exemplo, uma instituição financeira paga 10% ao ano por um investimento de baixo risco e cobra 40% ao ano por um empréstimo.
No exemplo acima, o spread bancário seria de 30%, que é o quanto a instituição teria de lucro comprando a operações de captação de crédito e de empréstimo.
Spread cambial
O spread cambial, como o nome já sugere, tem relação direta com o câmbio, ou seja, o valor que uma moeda é comprada e, posteriormente vendida.
O spread da taxa de câmbio é a diferença entre o preço pago por uma casa de câmbio ou instituição financeira pela compra de uma moeda e o valor que irá receber no momento da revenda.
Essa é uma operação muito comum com as mais diversas moedas, como Dólar, Euro, Libra, Real e tantas outras. O spread cambial é a diferença entre o câmbio comercial oficial do dia em questão e o valor que a moeda é colocada à venda.
Para melhor compreensão, pense que uma instituição financeira brasileira, por exemplo, compra Euros na cotação de R$5,40 e revendo por R$5,70.
No exemplo trazido, o spread cambial é de R$0,30, ou seja, o quanto essa casa de câmbio ou instituição financeira consegue lucrar na relação entre o valor da compra e venda da moeda estrangeira.
Spread financeiro
Já o spread financeiro, por sua vez, é a diferença entre o preço de compra e o de venda de ativos no mercado financeiro.
O spread financeiro é utilizado nas mais diversas operações financeiras, como diferentes investimentos, como na compra e venda de ações na Bolsa de Valores.
Este tipo de spread também é comumente usado na negociação de compras e venda de quotas diversas, investimento em renda fixa e tudo que dá para comprar e vender buscando lucro no mercado financeiro.
Há, ainda, outras negociações com spread financeiro fora do mercado convencional, como a aquisição e venda de criptoativos, como NFTs e criptomoedas, por exemplo.
Com exceção dos criptoativos, os bancos costumam realizar os outros tipos de investimentos citados, assim como milhões de investidores.
O que compõe o spread bancário?
Há muitas coisas que compõem o spread bancário, sendo as principais delas os custos e riscos das operações e a margem de lucro.
Cada um dos fatores que trazemos a seguir tem o seu peso no alto spread praticado no Brasil atualmente, fazendo com que seja o 2° maior do planeta.
Ainda que cada um deles tenha realmente peso, o valor cobrado é exagerado e existe também para aumentar lucros dos bancos e seus acionistas.
Risco de inadimplência
O Brasil está no topo do spread bancário e também está quando o assunto é inadimplência, com mais de 60 milhões de brasileiros devendo.
Boa parte destes devem instituições financeiras, com dívidas de financiamentos e empréstimos de diversos tipos, cartão de crédito, cheque especial, entre outros.
Essa insegurança ao liberar crédito faz com que o valor do mesmo suba consideravelmente, como mecanismo de segurança para quem empresta.
Assim, os juros acabam ficando muito alto e quem paga tudo certinho compensa as pessoas que dão calote nas instituições financeiras.
Margem de lucro
Os grandes bancos brasileiros, responsáveis por mais de três quartos do mercado bancário, têm batido seguidos recordes de lucro.
Isso não mudou nem mesmo durante a pandemia. Muito pelo contrário, com os ganhos dos bancos aumentando durante o período.
Com a margem de lucro grande dos bancos e a distribuição por vezes generosa de dividendos aos seus acionistas, a margem de lucro pesa no Spread também. Isso porque ele serve muito para cobrir todas as operações das instituições financeiras e ainda gerar bons lucros.
Impostos
A carga tributária tem seu peso, tanto a que incide diretamente sobre os bancos e seus lucros, quanto a cobrada na logística e dos gastos com pessoal.
E no fim das contas o valor que os bancos e instituições financeiras em geral pagam de imposto é repassado para os seus clientes. Então, os impostos cobrados pelo governo geram custos que fazem com que os bancos aumentem ainda mais o spread.
Compulsório e encargos
Assim como os impostos, há encargos e valores compulsórios, ou seja, de depósitos e pagamentos que devem ser realizados obrigatoriamente pelos bancos.
Além dos impostos como o CSLL e IRPJ, que já falamos sobre, há também o PIS/COFINS, relacionados aos seus funcionários, há outros encargos e depósitos compulsórios.
Entre eles, está a contribuição mensal obrigatória ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC) que os membros depositam para ter um seguro para seus clientes em caso de quebra da instituição.
Há, ainda, os depósitos compulsórios exigidos pelo Banco Central do Brasil, que existem como uma forma de garantir a segurança do dinheiro dos clientes depositados nos bancos.
Custo administrativo
Para o funcionamento de suas diversas atividades e serviços, as instituições financeiras gastam muito. E esse custo administrativo é passado para os clientes.
Dentro do valor que os bancos cobram dos clientes no spread, parte é o valor para cobrir os gastos que eles têm para o funcionamento pleno.
O valor do custo administrativo é cobrado pela instituição financeira nos seus serviços e principalmente nos juros de cartões de crédito, uso do limite do cheque especial, empréstimos e financiamentos.
Dentro do custo administrativo podemos colocar diversos gastos, como:
- Construção / aluguel dos prédios das sedes administrativas e/ou agências
- Todo material e equipamentos utilizados nessas estruturas físicas
- Investimento em tecnologia e segurança, tanto digital quanto em espaços físicos
- Valor utilizado para a oferta dos mais diversos servidos
- Gasto com os salários de todos os funcionários do banco
- Toda a estrutura utilizada, desde comunicação até o transporte
- Investimento no marketing de forma geral
- Outros gastos para o funcionamento dos bancos no dia a dia, bem como a manutenção da oferta de produtos financeiros e dos serviços bancários
Como é calculado o spread bancário?
O cálculo do spread bancário, de forma básica, é feito levando em conta a diferença entre o valor da captação de dinheiro ou de um ativo por parte do banco e a disponibilização do mesmo.
Se os papéis do banco são disponibilizados aos clientes com rendimento de 18% ao ano e o mesmo banco empresta dinheiro com juros de 48% ao ano, o spread, no exemplo, será de 30%.
Pode parecer muito (e é mesmo), mas vale lembrar que o spread bancário médio no Brasil é maior que isso, sendo de 39%.
É por isso que os bancos ganham tanto dinheiro e nós, ao querer investir de forma mais conservadora, termos ganhos não tão acima superiores à inflação.
E o exemplo dado acima é bem factível, basta vermos, por exemplo, o valor de CDBs oferecidos em diversos bancos e as taxas cobradas pelo menos no empréstimo pessoal.
Porque o spread bancário é tão alto no Brasil?
Há vários motivos para o spread excessivo aqui no Brasil e listamos os principais deles na sequência para que você entenda. Entretanto, apesar de haver sim motivos para o spread ser alto por aqui, não existem razões para que ele seja tão alto.
Para se ter uma ideia, o spread bancário brasileiro é 39%, enquanto o de vizinhos como Argentina, por exemplo, é 6,9%. Além disso, nenhuma grande economia ou países em desenvolvimento chegam nem perto do spread brasileiro.
No México, por exemplo, o spread é de 3,4%, na Austrália de 3,2% e na África do Sul spread bancário está em 3,2%.
Duas das maiores economias do mundo, a China e a Alemanha têm spreads bancários de 5,5% e de 2,8%, respectivamente.
Mas agora é hora de tentarmos entender um pouco melhor as causas do spread ser tão alto no Brasil, ficando atrás apenas do de Madagascar, que supera os 45%.
Risco de inadimplência
A inadimplência no Brasil é muito alta, relativamente acima da média de economias de parte similar, de outros países com população próxima e também dos vizinhos.
Atualmente, há mais de 60 milhões de brasileiros endividados, sendo boa parte deles devendo serviços e produtos bancários, como empréstimos, financiamentos, cartão de crédito e cheque especial.
O alto risco de inadimplência quando é oferecido crédito, é um dos fatores que fazem os juros serem altos e, consequentemente, o spread também.
Com isso, mesmo quem paga em dia acaba, literalmente, pagando por aqueles que não honram seus débitos junto às instituições financeiras.
Esse histórico de inadimplência faz com que os bancos aumentem as taxas para cobrir quem não paga e ainda por cima obter lucro.
Juros e inflação
Os juros que regulam o mercado, caso da Taxa Selic, que é definida pelo Copom do Banco Central, estão altos há algum tempo.
A taxa Selic, que em maio de 2023 foi mantida em 13,25% pela sexta vez seguida em nova reunião do Copom, também influencia no valor cobrado nas linhas de crédito.
Além disso, por escolhas das instituições financeiras motivadas por diversas outras razões, os juros do cartão de crédito, cheque especial, empréstimos e diversos produtos financeiros seguem altos.
Esses juros altos na oferta de crédito e, por outro lado, baixos quando são os bancos que oferecem títulos para investidores, pesa a beleza do spread bancário.
A inflação também tem impacto, uma vez que a alta inflacionária influencia todo o mercado financeiro e o nosso dia a dia com os preços.
E vale ressaltar, ainda, que muitas vezes para o controle inflacionário há o aumento dos juros, como no caso da própria Selic, a nossa taxa básica de juros.
Concentração bancária
Apesar da expansão do mercado nos últimos anos, sobretudo com a chegada forte dos bancos digitais, o mercado bancário brasileiro ainda tem muita concentração.
Ainda hoje, os cinco maiores bancos presentes no país (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander) concentram mais da metade do mercado.
Esses cinco bancos, segundo relatório do Banco Central, concentram quase 70% de todas as operações financeiras no Brasil e mais de 78% das operações de crédito.
E olha que essa concentração tem diminuído timidamente nos últimos anos, mas, ainda assim, é muito grande.
Essa concentração em poucas mãos diminui a concorrência e dá muito poder às instituições financeiras, o que faz com que pratiquem preços e juros altos.
E mantém a realidade em que a cobrança alta pelos serviços bancários e os juros pelo crédito serem altos acaba sendo bom para todos eles.
Carga tributária
Os impostos no Brasil são altos, principalmente para nós através do consumo, mas também para as empresas e instituições financeiras em geral.
O problema é que, sobretudo através dos juros, esse valor é repassado pelos bancos para os seus clientes, garantindo assim o sucesso financeiro de suas operações.
Todos os impostos pagos pelas instituições financeiras são repassados aos clientes, desde os cobrados por suas operações até os gastos com estrutura, tecnologia e funcionários.
Os principais impostos e taxas pagos por instituições financeiras são CSLL (Contribuição Social Sobre Lucro Líquido) e o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ).
Além deles, também tem peso o de outros impostos que incidem sobre a prestação de serviços, manutenção de estrutura e pagamento de funcionários.
Todos esses impostos são repassados para os clientes e pesam no Spread. Além disso, há o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), que é cobrado diretamente dos clientes.
Crédito bancário
O valor que os bancos precisam pagar em juros no momento em que necessitam de crédito, por qualquer motivo, também entra na conta do spread.
Esse valor pago pelos bancos pelo crédito obtido é outro montante que as instituições consideram ao aumentar suas taxas de juros para cobrir seus custos.
Dá para diminuir o spread bancário?
Certamente é possível haver a diminuição do spread bancário, mas, para isso, é preciso algumas mudanças estruturais.
A diminuição de gastos para operação dos serviços por parte das instituições financeiras e diminuição de impostos também poderiam impactar de forma positiva no Spread.
Outro fator que pode levar à diminuição do spread bancário é haver maior segurança do retorno do dinheiro utilizado em operações de crédito, com diminuição da inadimplência.
Para além disso, os próprios bancos, através de regulação governamental ou própria decisão em conjunto, poderiam abrir mão de parte dos seus lucros gordos.
Bancos com o menor spread do mercado
Caso você esteja pensando em abrir uma nova conta bancária ou contratar novos serviços ou produtos financeiros, é importante estar atento às taxas.
Até por isso, trouxemos a seguir uma lista com as instituições financeiras que apresentam os menores spreads bancários em nosso mercado e que oferecem bons serviços e cartões.
Na lista, há boas instituições que você pode ter acesso aos produtos financeiros, entre elas existem cooperativas de crédito, bancos digitais e bancos regionais que têm alcance nacional.
Então confira o spread bancário de algumas das principais instituições financeiras que emitem cartões de crédito para o público brasileiro.
Sicoob
A cooperativa de crédito Sicoob, que está presente em cada vez mais cidades brasileiras, é uma das instituições com spread de 0%.
Banese
O Banco do Estado de Sergipe (Banese), que tem quase um milhão de clientes e está em plena, é outra instituição com spread 0%.
Sicredi
Primeira instituição financeira cooperativa do Brasil, a Sicredi oferece mais de 300 produtos e serviços financeiros com spread de apenas 1%.
Banco Inter
Com quase 15 milhões de clientes, o Inter é um dos bancos digitais mais importantes do Brasil. E ele também tem spread de apenas 1%.
Banrisul
O Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) tem spread de 3%, já sendo um pouco mais alto, mas ainda numa porcentagem razoável.
Bancos com o maior spread do mercado
Por outro lado, há também os bancos com maior spread no mercado brasileiro atualmente, como listamos abaixo.
Porém, é importante reforçar que cada um desses bancos tem alguns ótimos serviços, bem como produtos financeiros que podem ser úteis.
Incluindo alguns dos melhores cartões de crédito do mercado, que dão muitos benefícios, limite alto, pontos e milhas aéreas valiosas. Confira!
Banco Pan
O Banco Pan, que oferece diversos serviços bons cartões, atualmente tem spread de 6%.
Daycoval
O banco Daycoval também tem spread de 6%, empatado no topo da lista.
Safra
O tradicional Banco Safra também oferece uma gama interessante de serviços, trabalhando com “taxa” spread de 6%.
Santander
Maior banco da zona do Euro e com mais de 60 milhões de clientes no Brasil, o Santander também tem spread de 6%.
Bradesco
Outro gigante do mercado brasileiro, o banco Bradesco, que tem mais de 55 milhões de clientes no Brasil, tem spread ligeiramente inferior, com 5,5%.
Como fugir do spread bancário alto?
Muitas vezes não é fácil fugir do alto spread praticado em nosso país, mas há algumas formas de tentar driblá-lo de forma significativa.
A principal é fugir das linhas de crédito com juros altos e, se possível, fazer empréstimos mais baratos, como o consignado, com garantia de bens e antecipação de FGTS, por exemplo.
Além disso, é de suma importância ter bons hábitos de consumo e um cadastro positivo, pois assim os bancos vão oferecer melhores condições nos empréstimos.
Então, bora ver boas opções de modalidades de crédito baratas para você fugir das altas taxas de juros?
Empréstimo consignado
O modelo de empréstimo consignado fica bem mais barato do que o empréstimo pessoal para a pessoa que solicita o crédito.
Neste tipo de empréstimo, o valor das parcelas é debitado automaticamente todos os meses do salário ou benefício do contratante do empréstimo.
Assim, são evitados atrasos e calotes por parte dos clientes, trazendo muito mais segurança à instituição financeira que concede crédito.
Sem o alto risco de inadimplência presente no empréstimo pessoal, por exemplo, os juros cobrados pelo empréstimo do dinheiro são consideravelmente menores.
O problema é que talvez você não possa ter acesso a esse tipo de crédito, porque ele é voltado para alguns públicos específicos.
O empréstimo consignado é destinado basicamente para aposentados e pensionistas do INSS, além de servidores públicos efetivos (concursados, de carreira).
Se você faz parte de um desses grupos, o consignado pode valer muito a pena por ter aprovação mais fácil pela garantia e por ser relativamente barato.
Há diversas instituições financeiras oferecendo empréstimo consignado, algumas delas com taxas bem baixas que certamente vão caber no seu bolso.
Uma linha de crédito com juros baixos como os praticados no consignado é uma boa forma de você fugir do spread alto.
E o melhor é que você pode fazer simulações pela internet sem nenhuma obrigação de posteriormente assinar o contrato com a empresa financeira.
Dessa forma, é possível comprar diversas ofertas para escolher o que é melhor para sua situação financeira, comparando opções diferentes valores totais de parcelamento.
Empréstimo de antecipação do FGTS
Nova linha de crédito surgida nos últimos anos que já se tornou muito popular é o empréstimo com FGTS, conhecido como antecipação do FGTS e antecipação do Saque-Aniversário.
Você já conhece essa modalidade de empréstimo? Ela é destinada às pessoas que têm dinheiro em contas do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
Se você trabalhou na iniciativa privada, empresas de capital misto, autarquias ou empresas públicas, provavelmente você tem valores disponíveis.
Mensalmente, os padrões devem depositar uma quantia nas contas do fundo para cada um dos seus funcionários.
O valor, que é depositado de forma obrigatória, faz parte do sistema de seguridade social e visa ser um tipo de seguro para os trabalhadores brasileiros.
Até pouco tempo atrás, o FGTS podia ser sacado apenas em casos de demissão sem justa causa, doença grave do trabalhador ou para aquisição do primeiro imóvel próprio.
Mas com a nova modalidade chamada Saque-Aniversário, o trabalhador pode realizar o saque de parte dos valores presentes em sua conta do FGTS no mês do seu aniversário.
Com isso, surgiu um novo tipo de empréstimos disponibilizado por diversas instituições financeiras: a antecipação do FGTS.
O banco ou financeira tem a segurança do pagamento no ato da assinatura de contrato que permite à instituição acesso ao dinheiro na data prevista.
Com isso, é possível a liberação do valor para você de forma antecipada, debitando o valor que representam os juros pelo prazo da operação.
Por isso, muitas pessoas que têm dinheiro no fundo de garantia e não têm acesso, recorrem à antecipação do FGTS em algum banco.
Os bancos, por sua vez, cobram juros mais baixos que em outros tipos de empréstimos, sobretudo comparado ao pessoal, pela maior segurança de recebimento.
Assim como no caso da consignação, o empréstimo com FGTS é outra linha de crédito que permite você driblar o spread bancário brasileiro.
Cadastro Positivo
Ter um bom histórico de crédito tem sido essencial para qualquer pessoa que queira conseguir crédito mais barato.
Os juros podem variar muito de uma pessoa para outra que buscam pelo mesmo tipo de empréstimo, dentro de uma mesma instituição financeira.
Isso acontece porque a análise de crédito é muito importante. E não basta apenas não estar negativado, é importante ter um bom Cadastro Positivo.
Mas, você sabe o que é o Cadastro Positivo? Se trata de uma base de dados que traz informações de pagamento de contas de crédito e de consumo, como parcela de financiamento, faturas de cartões, contas de consumo, entre outras.
Com ele, fica mais fácil para os bancos e financeiras analisarmos e concluírem que você tem bons hábitos de consumo e que costuma ser um bom pagador.
O Cadastro Positivo pode ser feito gratuitamente e liberado para consulta em birôs de crédito como Serasa e Boa Vista, por exemplo.
Um cadastro positivo robusto aumenta muito as chances de acesso a empréstimos e financiamentos e que a concessão do crédito se dê em melhores condições para você.
Cartões de crédito de bancos com spread baixo
A maior parte das pessoas quer ter bons cartões de crédito para fazer suas compras online, compras parceladas e ainda ter benefícios.
Bons cartões podem proporcionar vantagens e descontos em parceiros, seguros gratuitos, comodidade durante viagens, acesso a serviços exclusivos, cashback, acúmulo de pontos ou milhas e muito mais.
Porém, por outro lado, há cartões que são um pouco caros, tanto em taxas, como a de anuidade, como na questão dos juros.
Sabemos que você quer um cartão para ser o parceiro de suas finanças e um facilitador no seu dia a dia e não um vilão para sua vida financeira.
E é por isso mesmo que hoje trazemos algumas boas opções de cartões de crédito de instituições financeiras com spread baixo. Confira!
- Cartão de crédito Cresol
- Cartões de crédito do Banese
- Cartão de crédito Inter
- Cartões de crédito da Sicoob
- Cartões de crédito Pão de Açúcar Itaucard
- Cartão de crédito Unicred
- Cartão de crédito Uniprime
Conclusão
Como você viu ao longo do texto, o spread bancário pode ter grande impacto nas finanças pessoais e até fazer com que gastemos muito dinheiro, sobretudo ao usar crédito.
Isso porque o spread alto praticado no Brasil tem como objetivo cobrir todos os custos operacionais dos bancos e ainda garantir um bom lucro aos bancos e para os seus investidores.
E para driblar o spread na sua relação com as instituições financeiras e, assim, deixar de desperdiçar dinheiro, mostramos linhas de créditos que são mais baratas em caso de necessidade.
Se gostou do guia de hoje e quer ter acesso a mais informações e dicas como as de hoje sobre diversos temas envolvendo finanças pessoais, basta seguir atento aos conteúdos aqui do Portal Finança!