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Os juros têm grande impacto na economia, pois eles incidem diretamente no valor de financiamentos, empréstimos, investimentos, compras e diversas operações financeiras.

Os juros podem pesar bastante em nossos bolsos, por isso é de suma importância conhecer como cada tipo de juro funciona para escolhermos as melhores opções.

Sabendo disso, hoje o Portal Finança traz um guia completo com tudo sobre as taxas de juros, que fazem nosso dinheiro valer mais ou menos, dependendo da situação!

Continue conosco e aprenda a não perder dinheiro por conta dos juros, afinal, ele pode até ser seu parceiro em investimentos e até mesmo na hora de fazer contas!

O que são os juros?

Diariamente lidamos com juros de forma recorrente nas mais diversas ações financeiras, como empréstimos, financiamentos e compras parceladas, por exemplo.

Os juros, de forma básica, são as remunerações recebidas por quem empresta dinheiro e paga por quem utiliza o mesmo.

Eles são como uma compensação paga a quem empresta pela utilização de um dinheiro que não é seu e pelo período que quem empresta fica sem acesso ao dinheiro.

O valor dos juros é definido em um percentual pré-estabelecido em contrato no momento da solicitação do crédito e torna o montante a ser pago maior quanto mais longo é o prazo para o pagamento.

Como os juros funcionam?

Como você pode perceber acima, os juros são como um valor extra a ser pago pelo “aluguel” de capital em um determinado espaço de tempo.

Pode haver cobrança de juros em empréstimos pessoais, empréstimos consignados, financiamentos, parcelamento com cartão de crédito, parcelamento de contas e boletos e outras operações financeiras.

Contudo, além de pagarmos juros, também podemos receber dinheiro por conta dos juros, como quando fazemos investimentos nos mais diversos tipos de aplicação em que de certa forma estamos “emprestando” nosso dinheiro.

O valor dos juros é definido conjuntamente por políticas governamentais, como do Copom do Banco Central, dos movimentos do mercado financeiro e também das particularidades de cada operação financeira.

Os juros regulam os empréstimos entre instituições financeiras e pessoas, instituições financeiras e empresas, empresas e pessoas e outras formas de empréstimos, financiamentos e investimentos.

Há diversos tipos de juros, com diferente funcionamento, e há vários fatores que impactam nele, como veremos de forma detalhada na sequência do texto!

Quais são os principais juros cobrados no Brasil?

Selic é a taxa básica de juros da economia, na qual impacta em todo o mercado brasileiro, seja na hora de gastar ou investir.

A Selic impacta nos principais juros cobrados no Brasil, como de empréstimos pessoais, empréstimos consignados, financiamentos para pessoas físicas e empresas.

Além disso, a Selic também encarece outras linhas de crédito, como compras parceladas, uso do crediário e etc.

Sem contar que, principalmente na renda fixa, essa é a taxa de juros mais importante, que determinará o quanto você ganhará com seu investimento.

Continue conosco e entenda como a taxa Selic influencia direta e indiretamente na vida do brasileiro!

Selic: a taxa básica de juros da economia brasileira

Com impacto enorme na economia nacional, a Selic é a principal ferramenta de política monetária utilizada pelo Banco Central do Brasil para o controle da inflação.

A Taxa Selic é definida nas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), órgão do Banco Central responsável pelas políticas de juros.

As reuniões do Copom ocorrem a cada 45 dias e nelas são definidas as políticas de juros que visam, sobretudo, conter a inflação no país.

Além da questão inflacionária, a Selic impacta diretamente nos preços dos empréstimos, financiamentos e produtos financeiros em geral.

Quanto mais alta a Selic, maior é o valor cobrado pelo crédito e por empréstimos no país, tanto de pessoas físicas quanto de empresas e instituições financeiras.

Selic no dia a dia

A alta na Selic, entre outras coisas, encarece o crédito no sistema financeiro brasileiro como um todo, o que pode ter impacto no seu bolso e até na capacidade produtiva do país.

O valor percentual da Selic incide diretamente em diversas questões financeiras que impactam no nosso dia a dia, como:

  • Ritmo do avanço da inflação no país
  • Preço cobrado por bancos e outras instituições financeiras por empréstimos e financiamentos
  • Percentual cobrado pelos bancos e outras instituições financeiras pelo uso do cheque especial e juros do cartão de crédito
  • Valor cobrado por lojas e empresas em geral para vendas nos seus crediários

Quanto mais alta a Selic, mais caros se tornam os empréstimos, financiamentos e produtos financeiros que envolvem o uso do dinheiro de terceiros de maneira geral.

Por outro lado, o aumento da taxa de juros muitas vezes é utilizado pelo Banco Central do Governo Federal como ferramenta para conter a inflação.

Sabendo como agir na alta e na queda da taxa de juros, você pode evitar perder dinheiro e até fazer ele render, como através de investimentos.

Selic nos investimentos

A Selic é o termômetro para quem investe e, por ser um índice tão importante, ela acaba afetando o rendimento de diversos investimentos.

Isso porque há vários tipos de investimentos muito populares atrelados diretamente à Selic ou relacionados à ela, tanto de renda fixa quanto variável.

Como você já pode perceber chegando até aqui, a alta ou a queda da Selic tem capacidade de impactar consideravelmente nos seus investimentos.

As tendências de aumento ou de baixa da taxa Selic impactam em quais os melhores investimentos a serem escolhidos naquele momento.

A seguir você poderá visualizar alguns exemplos de investimentos satisfatórios para momentos de Selic alta e da taxa baixa. Confira!

Bons tipos investimentos com Selic em alta
  • Tesouro Selic
  • Fundos de renda fixa
  • CDBs que rendem a partir de 100% do CDI
  • Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI)
  • Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA)
  • Debêntures
Bons tipos de investimentos com Selic baixa
  • Ações na bolsa de valores
  • ETFs
  • Fundos Imobiliários (FIIs)
  • Fundos de ações
  • Fundos Multimercados

Ressaltando que, esteja a Selic alta (como é o caso atual, em que supera os 13%) ou baixa, é importante diversificar sua carteira de investimentos.

Isso porque a taxa básica de juros apesar de ser um índice importante, é apenas um dos fatores a ser levado em conta no momento de investir.

Reforçamos que, evidentemente, diversos outros fatores devem ser levados em conta no momento de optar por fazer investimento X ou Y.

Então, a taxa básica de juros é apenas uma parte de uma análise maior que você deve fazer antes de aplicar seu dinheiro em algo.

CET: Custo Efetivo Total

O Custo Efetivo Total (CET) de um empréstimo ou financiamento, por exemplo, é todo o valor que será pago pelo produto financeiro contratado.

O CET é a junção de todos do valor solicitado e dos juros pelo período acrescidos dos encargos e despesas que incidem sobre uma operação de crédito.

No CET estão inclusos o valor solicitado no empréstimo ou financiamento, além dos tributos (como o IOF), encargos, taxas e seguros.

Com isso, CET é o valor total que quem pega dinheiro emprestado ou faz um financiamento, por exemplo, terá de pagar ao credor.

Além dos juros, é importante ficar atento a outras taxas que impactam no CET da operação e podem encarecer seu empréstimo ou financiamento.

Há, por exemplo, taxas que você pode se livrar e alguns seguros (como o Prestamista), que são colocados dentro de várias operações de forma automática sem serem obrigatórios.

Empréstimos consignados

No caso dos empréstimos consignados, os juros são menores por representar menor risco para quem empresta o dinheiro.

Isso porque no consignado, que normalmente é voltado aos funcionários públicos, aposentados e pensionistas do INSS, as mensalidades são descontadas diretamente da folha de pagamento ou do benefício da pessoa.

Ainda assim, nos empréstimos consignados também há um impacto considerável da Selic, com os juros ficando maiores com a Selic mais alta e menores com ela mais baixa.

No entanto, mesmo em momentos de alta da taxa básica de juros, como em 2022 e nesse começo de 2023, essa modalidade de empréstimo ainda é mais vantajosa que outras, como o pessoal.

Normalmente, os empréstimos consignados têm juros fixados por todo o contrato, independente do prazo de pagamento, valor dos juros fixados.

Por isso, a relação da taxa de juros no momento da contratação é importante, podendo fazer com que o valor pago pelo crédito fique “mais caro” ou “mais barato” com o passar do tempo.

Como se calculam as taxas de juros?

As taxas de juros cobradas por cada serviço financeiro, empréstimo, financiamento e também em caso de atraso de pagamentos com datas pré-estabelecidas.

Os valores que compõem os juros se baseiam em alguns fatores que o credor leva em consideração, como:

  • O risco de não recebimento do pagamento do valor emprestado após realização de análise de crédito
  • A taxa básica de juros no momento da contratação ou, em alguns casos, ao longo do período
  • O prazo pré-estabelecido em contrato para a realização do pagamento, seja de forma dividida ou em parcela única no fim do contrato
  • A possibilidade de mudanças econômicas no país no médio e no longo prazo

O cálculo dos juros, por sua vez, leva em conta o valor utilizado e a porcentagem cobrada sobre ele a cada mês durante o período entre o recebimento do dinheiro e o pagamento.

Para fazer o cálculo do valor a ser pago, vai depender de qual é o tipo dos juros em cada situação e a taxa acertada.

Para conseguirmos compreender um pouco melhor o funcionamento, iremos apresentar abaixo os principais modelos de juros no Brasil, confira!

Quais são os principais tipos de juros?

Há diferentes modelos de juros, dependendo do contrato firmado entre solicitante e credor, do produto financeiro específico e de outros fatores.

Há os juros compostos, juros simples, juros prefixados, juros pós-fixados, juros de mora, entre outros que veremos ao longo do texto.

A seguir listamos nove diferentes tipos de juros que você precisa conhecer para não ser surpreendido ao se deparar com eles. Confira!

Juro simples

Os juros simples são bastante conhecidos e a principal característica desse tipo de juros é que o valor do mesmo não é alterado com o passar dos meses.

A taxa percentual é aplicada apenas no valor inicial do empréstimo solicitado, não se alterando com o passar do tempo.

É uma taxa previamente definida e que incide somente sobre o valor inicial do valor captado, fazendo com que o peso dos juros sobre o preço final seja menor.

Para você compreender melhor a forma com que os juros compostos funcionam, trazemos um exemplo interessante abaixo:

Se você pegar emprestado R$10.000,00, com uma taxa de 3% ao mês no juros simples, a taxa será sempre de 3% em cima dos R$10.000 ao longo do prazo do contrato.

Logo, se o empréstimo for dividido em 10 parcelas, você pagará parcelas mensais fixas de R$1.300, totalizando um pagamento de R$13.000 reais ao final.

Isso ocorre porque mensalmente será pago 3% de R$10.000, que é R$300. Por isso, quanto maior o prazo de pagamento, maior será o valor total.

Juro composto

Um pouco mais utilizado que os juros simples, os juros compostos são os famosos “juros sobre juros”.

Os juros compostos são mais pesados, principalmente em pagamentos com prazos grandes e em casos de atrasos do pagamento de parcelas.

Isso porque, diferente dos juros simples, no caso dos juros compostos é adicionado juros à soma do principal de um empréstimo.

Ou seja, existem os juros principais do contrato, seja de empréstimo, financiamento, cartão de crédito ou outro tipo, acrescido de mais juros durante o decorrer do prazo de pagamento.

Para explicar melhor o funcionamento dos juros compostos, traremos a mesma situação que vimos acima com os juros simples, mas agora com o composto. Confira:

Se você pegar emprestado R$10.000,00, com uma taxa de 3% ao mês no juros composto, a taxa será sempre de 3% em cima dos R$10.000 ao longo do prazo do contrato.

No final, o valor total do empréstimo será maior que no juros simples, totalizando R$13.439,16, ou seja, R$3.439.19 de juros em 10 meses.

Juro prefixado

O conceito de juros prefixados é bem simples. As taxas de juros prefixadas, como o nome sugere, são definidas previamente.

Isso permite que os consumidores conheçam, no momento da contratação, o valor exato de todas as parcelas a pagar, que permanecerão com um valor fixo por todo o tempo de contrato.

Juro pós-fixado

As taxas de juros pós-fixadas, por sua vez, são mutáveis, visto que elas são vinculadas a algum índice que é estabelecido no contrato entre as partes envolvidas.

Os juros pós-fixados podem ser vinculados a índices de inflação ou de taxas de juros de curto prazo, que podem variar com o tempo.

Tomando como exemplo o financiamento imobiliário, é comum que a taxa de juros pós-fixada esteja relacionada à Taxa Referencial de Juros (TR), que serve de base à remuneração das cadernetas de poupança.

Outros tipos de financiamentos e de empréstimo podem também estar relacionados a índices de inflação ao longo do período do contrato, como o IPCA ou o IGP-M.

Juro de mora

Os juros moratórios ou juros de mora são os juros que impactam sobre o valor final a ser pago pelo atraso do pagamento de uma parcela ou conta, por exemplo.

Os juros de mora podem ser vistos como uma espécie de punição pelo pagamento fora do prazo previamente combinado entre as partes envolvidas.

É importante frisar que quanto mais tempo atrasar a realização do pagamento, maior será o valor cobrado de juros de mora.

A lei atualmente limita os juros de mora em 1% ao mês, o que dá 0,0333% ao dia. Esse é o valor máximo que empresas e instituições podem cobrar pelo atraso.

Mas, além disso, pode haver outra cobrança, que é a Multa de Mora, que é outra espécie de punição pelo atraso, mas que não tem relação com os juros em si.

Então, não confunda os dois tipos de cobranças, que normalmente são feitas em conjunto. No caso da multa por atraso, o limite da cobrança é de 2%, independente do atraso ser de cinco dias ou um mês.

Juro nominal

A taxa de juros nominal é a taxa que fica expressa em contratos de empréstimos, de financiamentos em geral e também nas aplicações financeiras.

Os juros nominais, que podem ser vistos, por exemplo, no rendimento de investimentos, não representam o ganho real no período, uma vez que não considera a inflação ao longo daqueles meses ou anos.

Juro real

Os juros reais, por sua vez, diferentemente dos juros nominais, considera o peso da inflação ao longo do período do contrato.

Ou seja, é considerado o valor dos juros descontado o impacto da inflação, que faz com que o dinheiro perca valor real com o passar do tempo.

De maneira direta e clara, os juros reais são aqueles juros corrigidos pela inflação do período. Para calcular, basta considerar os juros nominais no período e a inflação no mesmo espaço de tempo.

No caso de investimentos, a taxa de juros real é o rendimento alcançado em um período, descontada a inflação acumulada naquele período.

Juro rotativo

Os juros rotativos são o terror de muitas pessoas, sendo os juros mais altos do mercado e grandes responsáveis pelo endividamento de muitos brasileiros.

O rotativo está associado ao crédito rotativo, que é disponibilizado automaticamente pelos emissores de cartões de crédito aos seus clientes quando eles não realizam o pagamento integral das faturas mensais.

Com isso, os juros impactam diariamente sobre o valor que não foi pago e pode virar uma grande bola de neve em caso da não realização do pagamento ou de renegociação.

Para você ter uma ideia, em outubro de 2022, o Banco Central divulgou um relatório em que mostrava que os juros do rotativo naquele momento estavam em 399,5% ao ano.

Por isso, sempre tente evitar o não pagamento da fatura do cartão ou pagar só parte dela (pagamento mínimo).

Caso não consiga pagar, busque alternativas, como um empréstimo mais barato ou até o parcelamento da fatura, pois esse tipo de juros é muito alto.

Juro sobre capital próprio

Os juros sobre capital próprio é uma espécie de remuneração que as empresas distribuem aos seus acionistas, cotistas ou sócios.

Eles podem ser utilizados por sociedades por ações de capital aberto, aquelas listadas na bolsa de valores, ou capital fechado, além de companhias limitadas.

Todos os casos citados acima, isso tem validade para as instituições que pagam tributos com base no seu lucro real.

Como as taxas de juros influenciam o seu bolso?

Os juros têm grande impacto sobre a economia geral e, evidentemente, têm impacto direto e indireto sobre o bolso de todos os brasileiros.

Falando do impacto indireto, juros altos podem evitar o aquecimento da economia, gerando menos emprego, menos consumo e até mesmo menos intervenções públicas.

Por outro lado, a alta dos juros, com o aumento da taxa Selic, muitas vezes é utilizada para conter a inflação, o que evita que os preços dos produtos e serviços subam muito, que em caso de subida diminui o valor real do salário.

Formas de impacto ainda mais diretas dos juros altos sobre o nosso bolso são termos os empréstimos e financiamentos mais caros, dificultando, por exemplo, a compra do carro ou casa própria.

Outro impacto é no preço mais alto a ser pago por produtos e contratação de serviços no crediário ou de forma parcelada no cartão de crédito.

O juro também tem grande peso no crescimento de dívidas, como o cobrado por atrasos de pagamentos, do uso do limite do cheque-especial, parcelamento de fatura, negociação de dívidas, entre outros.

Logo, você tem de ter planejamento financeiro e se livrar das dívidas, sobretudo as caras, para não sofrer com o impacto dos juros.

Por outro lado, como vimos anteriormente, o juro pode ser parceiro na hora de conseguirmos fazer o nosso dinheiro render no momento em que investimos.

Ao investir, deixamos que o nosso dinheiro renda e que os juros comecem a trabalhar a nosso favor, gerando remuneração.

O momento da economia e o valor dos juros, baseado na taxa Selic, pode ser fator importante na hora de escolhermos a melhor opção de aplicação.

Conclusão

Gostou do texto de hoje? Para seguir por dentro de tudo que envolve o seu bolso, fique atento aos conteúdos do Portal Finança.

Diariamente nossos textos trazem dicas sobre finanças pessoais, informações e novidades sobre formas de você usar melhor o seu dinheiro!