Carregando
0%É comum que a gente leia, veja e ouça nos noticiários e em nosso dia a dia sobre os novos aumentos da inflação e o impacto dela na diminuição do nosso poder de compra, não é mesmo?
A inflação tem o poder de corroer nossos salários, fazendo com que em cada nova ida ao supermercado, por exemplo, o nosso dinheiro valha menos na hora de fazermos a compra do mês.
Mas, você sabe por que isso acontece, como realmente funciona a inflação, como ela é medida e todos os impactos trazidos por ela no seu cotidiano e no de todos os brasileiros?
Para te explicar isso, além de quais as principais causas da inflação alta do Brasil e as formas de você driblá-la, nós preparamos este texto.
A partir de agora, neste guia completo do Portal Finança, você vai entender tudo sobre o funcionamento da inflação e de como ela impacta diretamente o seu bolso. Confira!
O que é inflação?
Sabendo que a inflação diminui o poder de compra da população, fazendo com que o nosso dinheiro “valha menos” com o passar do tempo.
Na economia, de forma básica, a inflação é o termo utilizado para marcar um aumento geral dos preços de produtos, serviços e bens.
Quando os preços em geral aumentam dentro da economia de um país, a moeda – no nosso caso o Real – passa a valer menos.
Sendo assim, a inflação, com o passar dos meses e anos, traz uma redução do poder de compra, uma vez que ela “desvaloriza o dinheiro”.
Para que você entenda de forma prática o peso da inflação acumulada com o passar do tempo, basta fazer um exercício simples:
Relembre o que você conseguiu comprar com R$100,00 há cinco anos e pense no que consegue comprar com o mesmo valor em 2023. Bem menos, não é mesmo?
Os aumentos inflacionários representam o aumento do custo de vida da população de forma geral e a consequente redução do poder de compra da moeda.
Quando o aumento percentual da média salarial não acompanha ou supera a inflação no período do comparados, o nível de vida tende a cair.
Diferença de inflação e deflação
Começamos a conhecer e falar sobre inflação, um termo muito comum no dia a dia do brasileiro, mas você sabe o que é deflação?
Bem menos falado, principalmente aqui no Brasil, a deflação é um termo econômico que significa exatamente o oposto do que é a inflação.
Ou seja, se a inflação é o aumento dos preços em geral e queda no valor real da moeda, a deflação é a diminuição geral dos preços e aumento do poder de compra da moeda de um país.
Apesar de incomum aqui no Brasil, em outros países acontecem momentos de deflação, em que a média geral dos preços de produtos e serviços caem.
Mas a deflação, apesar de poder parecer algo ótimo quando falamos que significa a redução dos preços médios, não é necessariamente boa.
Assim como a inflação, principalmente se controlada e dentro dos padrões esperados pela economia, não é necessariamente ruim. Vamos explicar melhor isso mais adiante.
Inflação acumulada
A inflação é medida por diversos índices, sendo o principal deles o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que é feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Tanto o IPCA, considerado o índice oficial da inflação no país, quanto outros índices medidores da inflação fazem cálculos periódicos sobre os preços cobrados.
Há medições semanais, quinzenais, mensais (as mais comuns) e, a partir delas, se calcula a inflação acumulada dentro de períodos, como semestres, um ano ou anos.
A inflação acumulada é retirada de um cálculo realizado em cima da inflação dentro de certo espaço de tempo, como um ano, por exemplo.
Para você ter uma ideia, segundo dados do IBGE, a inflação acumulada no Brasil entre março de 2022 e março deste ano de 2023 foi de 4,56%. Estes números são inferiores aos 5,36% acumulados nos 12 meses diretamente anteriores.
Já a previsão do mercado financeiro para o IPCA acumulado em 2023 subiu de 5,98% para 6,01% na atualização feita em abril, ficando acima da meta do Governo Federal.
Medir a inflação acumulada serve para compreendermos qual o aumento do custo de vida e qual a desvalorização do Real dentro de um período específico.
Como a inflação funciona?
Há vários fatores que impactam na inflação e ao longo do guia iremos explicar cada um deles de forma objetiva e de simples compreensão.
Mas, antes disso, vale relembrarmos o histórico inflacionário do Brasil, assim como tratarmos sobre o panorama atual, tanto daqui como alguns casos marcantes no exterior.
No Brasil
Desde o Plano Real, idealizado pela equipe econômica do Governo Itamar Franco e colocado em prática em 1994, o Brasil tem certa estabilidade inflacionária.
Mas antes disso, o cenário era bem diferente: ao longo dos anos 80 e nos primeiros anos da década de 90, o país conviveu com a hiperinflação.
Em alguns momentos, a inflação era tão alta que a média dos preços chegava a praticamente dobrar do começo para o fim do mês.
Inclusive, se tornou comum os preços de produtos em lojas e supermercados serem modificados dentro de um mesmo dia útil.
A hiperinflação trazia desespero para a população, em um momento que, junto com os problemas econômicos, cresciam os problemas sociais, de segurança e a fome.
No período final da ditadura e no início da redemocratização, foram colocados em prática vários planos frustrados para conter o problema.
Mas foi apenas a partir de 1994, com a introdução do Plano Real e da nossa moeda vigente até hoje, que a inflação foi colocada sob controle.
Desde então, houve momentos com alta da inflação consideravelmente acima da meta estabelecida, mas, felizmente, jamais nos aproximamos da hiperinflação.
Para você ter uma ideia, no Brasil da década de 1980 e começo dos anos 90, era comum a inflação mensal superar 50% e em alguns momentos até se aproximou de 100% ao mês.
Como comparação, desde a execução plena do Plano Real com a introdução da nossa moeda vigente, nunca houve um mês que a inflação tenha superado os 2,5%.
No exterior
Na história, principalmente em períodos de guerras e pós-guerras, há casos extremos de hiperinflação, consideravelmente maiores que as registradas no Brasil.
O maior caso de hiperinflação que se tem notícia aconteceu na Hungria pós Segunda Guerra Mundial, quando, em julho de 1946, houve inflação diária de 207%. Isso mesmo: 207% de inflação por dia!
A Alemanha e outros países do continente europeu também passaram por grandes crises que geraram hiperinflação após a primeira e a segunda grande guerra mundial.
Atualmente, por diversos motivos, que vão de exploração às guerras, há países que sofrem bastante com a hiperinflação, principalmente na África e na Ásia.
Mas temos um caso marcante bem ao nosso lado, com a nossa vizinha Venezuela, que há anos passa por grave crise econômica e social, com a hiperinflação fazendo parte.
Em 2020, por exemplo, a inflação anual do país vizinho fechou com incríveis 2959%. Em 2022, a Venezuela finalmente se livrou da hiperinflação, mas ainda vive crise econômica profunda.
A Argentina é outro vizinho sul-americano que enfrenta inflação alta, chegando a 102% no acumulado entre março de 2022 e março de 2023, o maior registrado em um período de 12 meses nos últimos 30 anos.
Apesar de não se aproximar da hiperinflação, que é caracterizada por inflação mensal superior a 50%, a economia Argentina passa por um péssimo momento.
Por outro lado, as principais economias do mundo costumam ter um bom controle inflacionário, o que não quer dizer, necessariamente, que seja inflação muito baixa.
A inflação em grandes economias europeias, como Inglaterra e França, registrou aumento em 2022, mas desaceleraram neste ano.
Outro das cinco maiores economias do mundo, a Alemanha registrou inflação de 7,9% no ano passado, um recorde nos últimos 70 anos.
Entretanto, assim como no restante da Europa, a Alemanha também dá sinais de diminuir o ritmo do aumento de preços no continente.
Já nos Estados Unidos, a inflação registrada ao longo de 2022 foi de 6,5%. Como vemos, a inflação do Brasil não é superior à da maioria das grandes potências.
Isso mostra que muitos outros fatores devem ser analisados em conjunto, como o PIB, capacidade de produção, vagas de emprego e a remuneração média.
Em países em desenvolvimento, como é o caso do nosso, de nossos vizinhos sul-americanos e da maior parte dos demais, o peso da inflação é mais sentido.
Quais são as causas da inflação?
A inflação é uma preocupação recorrente do trabalhador brasileiro, que vê seu salário e de seus familiares valer menos a cada ano.
É bom frisar que, para além da inflação acumulada, boa parte do problema se dá por conta da baixa média salarial da população brasileira.
E são diversas as causas do aumento dos preços cobrados pelos produtos e serviços no Brasil e ao redor do mundo. Abaixo, nós elencamos alguns dos principais fatores que impactam de forma direta no aumento da inflação. Confira!
Circulação da moeda
Quando há excesso de dinheiro circulando no mercado, normalmente de forma antinatural, como quando governo emite moedas em excesso, ocorre inflação.
Isso acontece por haver mais dinheiro para ser gasto do que produtos e serviços para de fato serem consumidos. Essa “sobra” cria uma distorção na oferta e demanda.
Por isso, com exceção de casos extraordinários, como catástrofes ou a pandemia que vivemos recentemente, a emissão excessiva de moedas causa inflação.
Consumo
Caso haja maior demanda do que oferta de produtos e serviços, pode haver escassez de alguns itens, o que faz com que o preço dos que estejam no mercado aumente.
Isso ocorre pela procura ser grande e as pessoas acabarem “aceitando” pagar mais para ter certos produtos, bens ou serviços.
A escassez faz com que o preço das coisas aumente. Esse é um dos motivos, por exemplo, do ouro, mais raro, ser tão mais caro que o ferro, metal bem mais abundante.
- Leia mais: Investir em ouro vale a pena? Descubra aqui!
E isso costuma valer para qualquer coisa, levando em conta a oferta de ser produto e a necessidade das pessoas adquirirem o mesmo, o preço flutua.
Essa alta dos preços por excesso de procura ou de consumo de certos itens causa o aumento do preço do mesmo, tanto por parte de quem produz quanto por quem vende no varejo.
Gastos públicos excessivos
O excesso de gastos públicos, aqueles bem acima da receita dos governos, também é um fator causador do aumento inflacionário.
O aumento dos preços para o consumidor final, assim como para os setores produtivos, por conta do excesso de gastos públicos acontece por alguns motivos, como:
- Desconfiança por parte do mercado e do setor produtivo na economia do país, o que diminui a produção e os investimentos
- Menor confiança de investidores internacionais e de governos de outros países, o que afugenta investimentos internacionais no país
- A falta de dinheiro às vezes leva os governos a emitirem moeda, o que também causa inflação por excesso, como vimos anteriormente
- Os gastos excessivos, normalmente, são fruto também de outros erros ou problemas do passado, o que gera problemas na economia de forma geral, causando inflação
Produção baixa
Quando a produção em algum setor da economia ou de produtos específicos é baixa, ou seja, abaixo da demanda, também há aumento de preços.
Isso acontece por haver mais pessoas querendo comprar o produto do que oferta e isso faz com quem vende aumente o preço, já que há quem se dispõe a pagar mais.
Há poucos meses vimos um exemplo disso com o aumento considerável do preço do leite e derivados, como queijos, iogurtes e produtos lácteos em geral.
Os custos da produção de leite aumentaram e a oferta do produto passou a ser relativamente baixa já no meio do ano de 2021, o que estourou no ano passado.
E esse mesmo movimento natural do mercado acontece com qualquer serviço ou produto quando há produção abaixo da demanda real.
Para que serve a medição da inflação?
Medir a inflação é essencial para nos ajudar a entender o momento da economia nacional e do valor da nossa moeda internamente.
A medição inflacionária, além de nos dar uma ideia melhor sobre a variação dos preços, tem impacto direto em vários setores.
A inflação influencia diretamente, por exemplo, em investimentos, linhas de crédito, no valor do salário mínimo, na recomposição salarial e muitos mais.
Além disso, para manter a inflação sob controle, é necessário conhecê-la e saber quais os setores estão tendo maior impacto nos números.
E, para ter acesso aos dados, é preciso que sejam feitas pesquisas e estudos, que são realizados pelos institutos responsáveis pela elaboração e divulgação de diversos índices inflacionários.
Principais índices da inflação
Como vimos, é de suma importância realizar a medição e avaliação da inflação. E isso deve ser feito de forma contínua.
Por isso e para isso, existem alguns índices inflacionários muito importantes para nós, para a gestão governamental e para diversos setores da economia brasileira.
O mais conhecido deles é o IPCA, que é tido como o índice oficial da inflação no Brasil, mas também há outros importantes, como, por exemplo, IGP, INPC, INCC, entre outros. Confira!
IPCA
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é considerado o índice oficial da inflação brasileira e seus dados têm extrema relevância.
O IPCA foi lançado no ano de 1979 e, desde então, está sob responsabilidade do IBGE, que realiza os estudos sobre variações dos preços de produtos mais consumidos pelos brasileiros.
Ele indica, basicamente, como é a evolução mês a mês dos preços dos produtos e serviços mais consumidos em média pelos brasileiros.
Para manter atualizada essa lista de produtos e serviços, as equipes do IBGE responsáveis pelo IPCA fazem pesquisas junto à população.
Os produtos que estão na casa de mais brasileiros têm mais peso na hora do cálculo do índice. O aumento do preço do kg de feijão e de arroz, por exemplo, têm mais peso que do leite em pó.
O IPCA leva em conta quase 500 diferentes tipos de produtos e serviços consumidos pelos brasileiros, como alimentos e bebidas, itens de vestuários, educação, transporte, saúde, habitação, comunicação, entre outros.
Com as atualizações recentes, para se manter fiel ao panorama de consumo no país, além de tudo que já era levado em conta, o IPCA passou a considerar itens como transporte por aplicativo e assinatura de streams.
COMO ASSINAR O GLOBOPLAY DE GRAÇA
INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) tem como objetivo mensurar o poder de compra das famílias brasileiras que vivem com renda entre 1 e 5 salários mínimos.
Assim como no caso do IPCA, a responsabilidade pela coleta de dados, pesquisas, cálculos e divulgação dos dados é do IBGE.
A divulgação destes dados por parte do IBGE acontece sempre no 1º decêndio do mês seguinte ao da realização da coleta dos dados.
A ideia do índice é acompanhar os preços dos itens mais consumidos por famílias com renda entre 1 e 5 salário que representam grande parte da nossa população.
Na cesta de produtos e serviços que têm a evolução dos preços acompanhados estão, principalmente, alimentos, itens de vestuário, além de gastos com transporte, educação e moradia.
INCC
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) foi o primeiro índice desenvolvido para monitorar a evolução dos preços de materiais, serviços e mão-de-obra da construção civil.
Esse índice é voltado à pesquisa da evolução dos preços da construção civil, principalmente nos preços praticados para a construção de casas.
Criado na década de 1950, à época acompanhando apenas os custos na cidade do Rio de Janeiro, o tradicional índice foi evoluindo e expandindo até chegar ao que é hoje em dia.
Atualmente, o INCC cobre os preços da construção nas principais capitais do Brasil e divulga mensalmente os dados resultantes de suas pesquisas.
O índice, que é gerido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), acompanha a evolução do setor de construção civil e ano após ano coloca novos itens em sua lista.
IGP
O Índice Geral de Preços (IGP) pertence à Fundação Getúlio Vargas e funciona como a média aritmética ponderada de três índices de preços da FGV: IPA, IPC e INCC.
Ele visa revelar as fontes de pressão inflacionária no país, bem como demonstrar a evolução dos preços dos serviços e dos produtos.
O IGP leva em conta os valores cobrados pelos produtos e serviços considerados como mais relevantes para o consumidor, para o produtor e para o setor da construção civil.
Como a inflação é calculada?
O cálculo da inflação muda um pouco de um índice para outro, pois cada um leva em conta diferentes segmentos e lista específica de produtos e serviços.
Mas, basicamente, são considerados os itens mais adquiridos pela população brasileira, é feita a pesquisa periódica de preços destes itens e a média da evolução dos preços.
No principal índice, que é o IPCA, são considerados quase 500 diferentes tipos de produtos e serviços, entre alimentos e aqueles relacionados à moradia, transporte, educadoras, saúde, comunicação e muito mais.
Coletados os dados, são feitas as análises e as contrações dos preços com os mesmos itens do mês anterior. Com isso, é possível medir os aumentos mês a mês.
O interessante é que cada um dos itens têm pesos diferentes, dependendo do seu impacto no orçamento das famílias e do quão consumidos são.
Existe calculadora para a inflação?
Existem calculadoras para inflação e outros índices financeiros, que podem ser usadas desde pesquisas até para matar alguma curiosidade que você tenha.
Existe, por exemplo, a calculadora IPCA, disponibilizada pelo próprio IBGE e que é a principal delas. Além dela, há outras, como:
- Calculadora Correção Monetária Pela Inflação
- Calculadora da Inflação no Brasil
- Calculadora Por Correção de Índice Financeiro 2022
- Cálculo Exato
Qual a inflação hoje no Brasil?
A inflação segue sob controle no Brasil, já que desde o lançamento do Plano Real vivemos uma estabilidade considerável no quesito.
Muito diferente do que o país passou na década de 1980 e começo dos anos 90, os índices inflacionários ficam próximos às metas estabelecidas pelo governo.
No ano passado, a inflação oficial (Índice IPCA) acumulada no Brasil foi de 5,79%, ficando bem abaixo dos 10,09% acumulados ao longo do ano anterior.
Nos primeiros meses de 2023, a inflação oficial no Brasil foi de 0,53%, em fevereiro ficou em 0,84%, enquanto o mês de março fechou em 0,71% e, fechando o primeiro quadrimestre, abril teve desaceleração da inflação, com 0,57%.
Como a inflação afeta o nosso dia a dia?
A inflação afeta diretamente o nosso dia a dia de diversas maneiras, pois ela impacta de forma direta o nosso bolso.
Ela interfere nos preços de tudo o que adquirimos, no valor dos salários e impacta até mesmo na oferta de crédito e rendimento de investimentos.
Ou seja, quando o assunto é dinheiro praticamente não há algo em que a inflação não tenha interferência, seja de forma direta ou pelo menos indiretamente.
Preços
O aumento ou diminuição dos preços de bens e produtos em geral têm impacto direto nos índices de inflação.
Sendo assim, os preços de tudo o que você adquire de maneira rotineira, sejam alimentos até serviços de assinatura, são impactados e impactam a inflação.
Como tudo na economia, há diversos fatores e setores que impactam uns aos outros, tanto de forma positiva quanto negativa.
Alguns aumentos de preço têm impacto direto na inflação em geral, como, por exemplo:
- Aumento dos combustíveis: o aumento o óleo diesel e da gasolina, por exemplo, têm grande impacto na inflação e na alta dos preços de outros produtos, visto que o transporte de mercadorias, equipamentos e matérias primas no Brasil é majoritariamente feita via rodovias
- Aumento na tarifa de energia elétrica: assim como o aumento dos combustíveis, a subida do preço da energia elétrica impacta em todos os setores, desde o primário, como agricultura, pecuária e extrativismo; secundário, como a indústria e a construção civil, até chegar diretamente e indiretamente ao comércio e setor de serviços
Além disso, há outros aumentos que impactam os preços de forma mais ampla, como o aumento do leite impactando em todos os produtos lácteos ou do cimento em toda construção civil, por exemplo.
Na nossa vida, nem é preciso explicar muito o impacto da inflação no aumento dos preços, pois sentimos na pele cada vez que entramos no mercado, farmácia e outros estabelecimentos.
Salário
O valor do salário mínimo do trabalhador brasileiro é reajustado anualmente e um dos fatores levados em conta é a inflação.
Embora nos últimos anos nem sempre o reajuste tenha acompanhado o aumento da inflação, a tendência é que este critério seja seguido.
Segundo a equipe econômica do novo governo do país, haverá aumento real do salário mínimo nos próximos anos. Ou seja, aumento acima da inflação do ano anterior.
Além do salário mínimo, há empresas do setor privado, assim como setores públicos, que baseiam a recomposição salarial de seus funcionários ou servidores na inflação.
Sendo assim, muitas pessoas têm um aumento de salário de um ano para o outro relacionado à inflação acumulada no ano anterior.
Crédito
A inflação interfere na Taxa Selic, a nossa taxa básica de juros, que, por sua vez, modifica os valores que são cobrados pelos diversos tipos de crédito disponíveis.
O percentual da Selic encarece ou torna mais barato os juros, por exemplo, dos cartões de crédito, financiamentos diversos, empréstimos, cheque especial, crediário, entre outros.
Assim, vemos que a inflação impacta até mesmo até mesmo no valor dos juros a serem pagos e das condições dos empréstimos que por ventura solicitamos.
Investimentos
Bons investimentos são essenciais para aumentar o patrimônio e ter maior segurança financeira, entre outros diversos benefícios.
E, felizmente, cada vez mais os brasileiros entendem a importância de investir e de cuidar melhor das suas finanças pessoais, pensando no presente e no futuro.
E você sabia que pode haver interferência da inflação até mesmo nos rendimentos de investimentos, sobretudo naqueles de renda fixa?
Geralmente, a renda fixa fica mais rentável quando a inflação está em alta no país, pois nesses casos há o aumento também da Selic.
Como se proteger dos efeitos da inflação?
A melhor forma de proteger o seu dinheiro diante da inflação é buscando fazer com que ele não perca valor real com o tempo.
E como fazer isso? Não deixando o dinheiro parado e o utilizando para obter rendimento através de investimentos, seja em negócios ou em papéis.
E a melhor maneira de se proteger dos efeitos nocivos da inflação é investindo, e fazendo isso com tipos de investimento que rendem necessariamente acima da inflação.
Há investimentos, inclusive de baixo risco, que são atrelados ao IPCA+, garantindo rendimento acima da inflação ao longo do período em que o dinheiro fica alocado.
Então, que tal conhecer a seguir alguns dos melhores deles e, caso ainda não invista, começar a cuidar melhor do dinheiro e do seu futuro?
Títulos públicos
Os títulos públicos são investimentos de baixo risco que garantem rendimento superior ao valor da inflação acumulada ao longo do período.
Atualmente, há boas opções de títulos públicos disponibilizados pelo Tesouro Nacional, órgão pertencente ao Governo Federal.
Por sua segurança, previsibilidade e facilidade para se começar a investir, os títulos públicos são cada vez mais procurados pelos brasileiros.
É bom frisar que há diferentes modelos de títulos públicos, como os prefixados, pós-fixados e também os que são híbridos.
Entre os principais títulos públicos que você pode adquirir, hoje nos destacamos os seguintes:
- Tesouro IPCA+: boas alternativas de investimento de médio e longo prazo, com opções de investimento até para ser resgatado em 2055. Todos com rentabilidade ligada ao IPCA do período somada a uma rentabilidade superior a 5% ao ano.
- Tesouro Selic: outro investimento de baixo risco, o Tesouro Selic é vinculado à taxa básica de juros da economia brasileira, garantindo rendimento acima da Selic no período em que o seu dinheiro estiver alocado.
- Tesouro Prefixado: o Tesouro Prefixado apresenta opções de investimentos com vencimentos nos anos de 2026, 2029 e 2033
Crédito privado
O Crédito Privado é outra boa opção para que o seu dinheiro renda acima da inflação acumulada no período em que estiver investido.
Os principais investimentos de renda fixa deste tipo são as Debêntures, os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e as notas promissórias.
Fundos Imobiliários (FIIs)
Com cada vez mais popularidade entre os investidores brasileiros, os fundos imobiliários oferecem uma infinidade de boas oportunidades.
Por sua diversificação, existem modelos de FIIs que podem interessar desde o grande até pequeno investidor, assim como dos mais conservadores aos mais arrojados.
Através dos fundos imobiliários, pessoas comuns podem investir de forma simples em imóveis ou em papéis com lastro imobiliário, sem precisar, necessariamente, gastar muito.
Isso porque é possível investir em fundos imobiliários desde poucos reais até valores bem altos, fazendo com que eles sejam ótimas opções, independente do valor disponível.
O lucro nesse tipo de investimento vem a partir da valorização das cotas adquiridas, seja com a valorização dos imóveis, tanto com aumento do valor da locação ou com a venda dos mesmos.
Renda variável
Como o nome já sugere, os rendimentos dos investimentos em renda variável podem variar bastante e não há precisão sobre o retorno a ser obtido no futuro no momento em que você coloca seu dinheiro.
Isso ocorre porque o valor do rendimento varia diante das condições do mercado ao longo do período em que o seu dinheiro estiver aplicado.
Assim, a rentabilidade que as aplicações irão oferecer, diferente do caso da renda fixa, é inexata. As ações e os fundos são os principais exemplos de renda variável.
Entre os bons tipos de investimento em renda variável disponíveis no mercado, destacamos os seguintes:
- Ações: há diversas opções de ações de inúmeras empresas disponibilizadas nas bolsas de valores, como a brasileira B3 e a inúmeras internacionais. Com poucos reais você já consegue adquirir algumas delas.
- ETFs (Exchange Traded Fund, em inglês): é um tipo de fundo de investimento negociado diretamente na bolsa de valores.
- Criptoativos: as moedas digitais ou criptomoedas, como Bitcoin, Ethereum, Binance e tantas outras, são cada vez mais populares entre os investidores. Há, ainda, outras opções de criptoativos, como os NFTs, por exemplo.
- Fundos de investimentos: além dos famosos fundos imobiliários que vimos anteriormente, há opções de fundos de investimentos em renda fixa, fundos de investimentos baseados em empresas listadas na bolsa, fundos de investimentos cambial, entre outros disponíveis.
Conclusão
Chegando até aqui, você certamente já entende melhor como funciona a inflação e qual o impacto dela nas nossas finanças pessoais e na economia do país.
Além disso, está mais preparado para enfrentar os impactos que possíveis altas dos preços trariam, podendo corroer nosso dinheiro, sobretudo se protegendo com investimento de baixo risco.
Se você gostou do guia sobre o tema e quer seguir tendo acesso a mais informações relevantes para sua vida financeira, basta seguir atento aos conteúdos do Portal Finança.
Aqui nós trazemos diariamente informações, dicas e guias sobre educação financeira, investimentos, linhas de crédito, renda extra, cartões, promoções incríveis e muito mais!