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O Banco Central do Brasil trouxe muita modernidade nos últimos tempos ao sistema financeiro nacional, como com o lançamento do Pix. Contudo, a ideia é seguir avançando no mundo digital nos próximos anos e o próximo passo é o projeto do Real Digital.

Ainda em período de testes, o Real Digital será a primeira moeda virtual do Brasil. Ela terá exatamente o mesmo valor e uso das cédulas de reais, mas só existirá no celular.

A moeda digital visa manter o sistema brasileiro na vanguarda tecnológica, tendo o projeto de moeda digital nacional muito avançado, à frente de todo o nosso continente.

E aí, quer saber mais sobre a moeda digital criada pelo Banco Central que entrará em uso logo logo? Continue conosco, pois neste guia você encontrará todas as informações que precisa!

O que é o Real Digital?

O Real Digital é a primeira moeda virtual oficial do Brasil e de qualquer país de toda a América Latina.

Com um projeto bem estruturado e com testes avançados, muito em breve o Real Digital deve estar circulando em todo o Brasil.

A ideia é que ela funcione paralelamente com a moeda que já utilizamos no mundo físico e no em meios eletrônicos e digitais.

Os primeiros testes com o Real Digital foram feitos em 2022 e a estruturação do sistema para a sua utilização em larga escala está avançada.

Atualmente, há uma boa quantidade de países com ideias parecidas, inspiradas nas criptomoedas, mas com premissa diferente.

Então, trata-se de uma moeda com o mesmo valor que o Real, porém, que só existirá no formato digital.

Quem criou o Real Digital?

A moeda digital oficial do Brasil é criação do Banco Central (Bacen), através de muitas mãos e mentes que trabalham para inovar nosso sistema financeiro.

Ainda em 2021, para avançar no desenho do Real Digital, o Banco Central lançou em novembro uma edição especial do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas de Desafio do Real Digital, o LIFT Challenge Real Digital.

O laboratório de inovação teve como objetivo avaliar seus casos de uso, viabilidade tecnológica e forma de implementação da tecnologia.

O LIFT Challenge Real Digital é realizado em parceria com Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central, a Fenasbac.

O LIFT reúne um público qualificado de participantes do mercado com interesse em desenvolver um produto minimamente viável (MVP do inglês “Minimum Viable Product”) com base no Real Digital.

Em março de 2022 foram selecionados nove projetos e em setembro tais projetos começaram a ser executados.

Os projetos são voltados para diversas áreas relacionadas ao desenvolvimento e implementação final da moeda virtual nacional, como:

  • Entrega contra Pagamento (DvP da expressão em inglês “Delivery versus Payment”) voltado à liquidação de transações com ativos digitais, tanto nativos do ambiente digital quanto tokenizados
  • Pagamento contra Pagamento (PvP da expressão em inglês “Payment versus Payment”) voltado ao câmbio entre moedas
  • Internet das coisas (IoT da expressão em inglês “Internet of Things”) voltado à liquidação algorítmica ou diretamente entre máquinas
  • Finanças descentralizadas (DeFi da expressão em inglês “Decentralized Finance”) voltado à definição de protocolos com liquidação baseada em uma CBDC e tendo em vista requisitos de conformidade e supervisão estabelecidos em norma

O Real Digital é uma criptomoeda?

Diferente do que muitos podem pensar, o Real Digital não é uma criptomoeda, apesar de ser uma moeda do ambiente digital.

O Real Digital será emitido, controlado e regulado pelo Banco Central, enquanto as criptomoedas nasceram justamente para não serem reguladas por governos e estados.

Ou seja, as criptomoedas são descentralizadas e privadas, enquanto o Real Digital funcionará de forma similar às moedas correntes do país, só que sendo uma versão online.

Ao nascer para o ambiente virtual, o Real Digital abre várias possibilidades para o futuro próximo, ao estar conectado à internet das coisas.

Mas, vale destacar que os criptoativos seguirão sendo uma alternativa, tanto como investimento quanto como moedas descentralizadas e livres.

O Real Digital vai ser seguro?

Todo o trabalho que está sendo feito pelo Banco Central é para que a moeda digital oficial do Brasil seja extremamente segura.

O Real Digital terá toda a tecnologia utilizada para garantir sua segurança no ambiente virtual ao utilizar o seu dinheiro.

Entretanto, assim como as transações financeiras em geral têm riscos por erros humanos, por fraudes e outras coisas, nada tem 100% de garantia.

O Pix, por exemplo, é um grande sucesso, mas tem os seus problemas, geralmente gerados por falhas humanas e fraudes que não têm relação com o sistema.

Dessa forma, o Real Digital pode fazer com que tenhamos alguns cuidados, mas é pensado para ser ainda mais simples e seguro que DOC, TED, Pix e principalmente que circular com cédulas.

Como vai funcionar o Real Digital?

A moeda corrente do Brasil (o Real) seguirá sendo emitida pelo Banco Central, só que além da moeda física, haverá a versão digital.

Elas são coisas diferentes, porém com exatamente o mesmo valor e funções: como realizar pagamentos, compras e transações financeiras em geral.

A princípio, o Real Digital emitido pelo Banco Central estará disponível nas carteiras virtuais para pagamentos instantâneos, transferências e todo uso que o Real físico hoje permite.

A ideia é que além do uso em geral do Real Digital como moeda corrente, ele evolua ainda mais com a chegada de novas tecnologias.

Além disso, há o plano de que possa ser utilizado em outros países sem a necessidade de se realizar a conversão para moeda estrangeira.

A tendência é que a cada ano sejam dados novos saltos e que os avanços tecnológicos no mundo financeiro e em geral não parem.

Com isso, a implementação da moeda virtual oficial do Brasil é mais um passo importante que o nosso país dá nesse caminho.

Quando vai ser lançada a moeda Real Digital?

Mais testes estão previstos para esse ano de 2023 e, segundo fontes do Banco Central, a tendência é que o lançamento ocorra entre o final deste ano e o primeiro semestre de 2024.

Apesar de ainda não haver uma data oficial para o lançamento, a expectativa já é muito grande em muitas pessoas do mercado para ver o funcionamento.

A China é o país mais avançado do mundo em termos de CBDC (moeda digital de banco central), com a sua moeda Yuan Digital.

Presente em várias províncias chinesas, mais de 250 milhões de pessoas no país asiático já utilizam a Yuan Digital.

A ideia é que aqui no Brasil o Real Digital tenha sucesso rápido após o seu lançamento, assim como aconteceu com a introdução do Pix.

Apesar de muitos brasileiros ainda não terem internet em casa e ainda haver muito espaço para crescimento também da internet móvel, somos um dos países em que as pessoas mais usam a internet.

Na esteira disso, as compras em e-commerce e uso de meios de pagamento e transferência digitais, como Pix e DOCs, crescem ano após ano em volume e número de usuários.

Qual a diferença entre o Real e o Real Digital?

Com o passar do tempo e a implementação da nova moeda corrente, as diferenças devem aumentar.

Entretanto, no primeiro momento, haverá muito mais similaridades do que diferenças entre o Real que conhecemos e o Real Digital.

Ambos terão o mesmo valor, com cada Real Digital valendo exatamente o mesmo que um Real em cédula, moeda ou na nossa conta bancária.

A principal diferença é que o Real Digital existirá para pagamentos, transferências e utilização financeira em geral em um ambiente virtual.

Segundo o Banco Central, primeiramente o Real Digital surgirá como uma moeda mais voltada para o atacado ao invés do varejo.

Mas, a tendência é chegar a um maior número de pessoas com o passar dos anos, podendo ser utilizado também no varejo, assim como o Pix se popularizou.

Mais adiante exemplificamos de forma mais detalhada como e onde nós poderemos usar o Real Digital no nosso dia a dia!

Qual a diferença entre o Pix e o Real Digital?

Você que chegou até aqui no texto pode estar pensando que o Pix e o Real Digital são muito similares, não é mesmo?

E de fato, tanto em termos de transferência financeira rápida quanto de pagamento instantâneo no ambiente digital eles são bem parecidos.

Porém, há algumas diferenças importantes, como, inicialmente, o Real Digital será uma moeda focada no atacado, pois para o varejo já existe o próprio Pix.

Outra diferença importante é a ideia de facilitar o uso internacional da moeda oficial do Brasil em outros países atrás do Real Digital.

Mas o Pix não deve poder ser “substituído” para suas funcionalidades atuais logo que for lançada a nova moeda, já que o Banco Central dará prioridade para transações ocorridas entre empresas e instituições em geral.

Entretanto, graças à tecnologia da rede blockchain, as características do sistema e da moeda podem ser alteradas ou redesenhadas se enxergarem essas necessárias.

Com isso, há a tendência que em caso de sucesso entre empresas e instituições, a moeda seja expandida para o uso diário de pessoas comuns.

O principal que difere é que o Pix é um método de pagamento utilizando reais, enquanto o Real Digital é uma moeda em si que teremos no Brasil, coexistindo com o Real físico.

Onde vai dar para usar o Real Digital?

Após o lançamento e a expansão da emissão e utilização da moeda virtual do Brasil, a tendência é que seja amplamente aceita.

E isso não só em ambientes digitais, pois, assim como o Pix que é usado como uma forma de pagamento no dia a dia, o Real Digital também pode ser amplamente aceito em diversos locais.

Com a expansão prevista, a tendência é que o Real Digital, assim como a moeda que já conhecemos, possa ser utilizado em pagamentos, compras e transferências em geral.

Pagamentos em lojas

Atualmente usamos o Real para pagar em estabelecimentos comerciais em geral, através de cédulas, transferências e cartão de débito e crédito, por exemplo.

Em um futuro próximo, poderemos pagar nesses mesmos locais também com o dinheiro que teremos na Real Digital, nossa moeda virtual oficial.

O normal é que assim como aconteceu com outras tecnologias, como os cartões de débito, cartões de crédito ou Pix, por exemplo, a tendência é que os estabelecimentos vão aceitando a nova “forma de pagamento” aos poucos.

Uma vez que, apesar da moeda digital ser uma moeda em si, ainda hoje há estabelecimentos que só trabalham com pagamento em moeda física, não aceitando cartões ou transferências.

Todavia, nas grandes lojas e principais redes, sobretudo as voltadas à tecnologia, a introdução do pagamento em Reais Digitais deve ser rápida.

Pix

Pode ser possível que sejam feitas transferências de Real Digital via Pix, como atualmente é feito com a moeda corrente no país.

Isso permitirá que pessoas que ainda não tenham carteiras digitais com reais digitais possam receber dinheiro de quem tem.

Isso será possível porque, apesar de serem moedas diferentes, ambas as moedas têm o mesmo valor.

E, além disso, será possível inclusive realizar saques de moedas virtuais em cédulas físicas, uma vez que o Real Digital poderá ser sacado em cédulas.

Transferência via conta bancária

Será possível fazer transferências bancárias de maneira geral, tanto para as carteiras digitais de outras pessoas quanto para contas bancárias tradicionais.

Isso irá possibilitar que quem usa o Real Digital possa fazer praticamente quase tudo o que é possível fazer atualmente com a moeda física.

Mas, para além disso, a nova moeda abrirá muitas novas possibilidades, principalmente envolvendo o mundo tecnológico, mas mantendo as funcionalidades que já conhecemos.

Pagar contas, boletos e impostos

Até mesmo o pagamento de contas de consumo, boletos, impostos e contas em geral poderá ser feito com a nova moeda.

Assim, o Real Digital visa trazer mais praticidade e facilidade para os seus pagamentos e transações em geral.

Dessa maneira, ele será uma nova possibilidade de realizar pagamentos em geral, além de outras funcionalidades que certamente a moeda virtual irá somar com o passar do tempo.

Sacar em dinheiro físico

Algumas pessoas em um primeiro momento podem pensar que o Real Virtual só poderá ser utilizado no ambiente digital ou em estabelecimentos físicos, através do uso de alguma ferramenta tecnológica.

Mas não é assim, pois será sim possível quando necessário você ter acesso e “transformar” seus reais digitais em reais de cédulas físicas.

Como a tecnologia ainda não está em uso, não sabemos a forma como isso acontecerá. Contudo, o mais provável é que possa ser transferido para um banco tradicional e depois sacado ou até mesmo o cliente fazer saques em caixas eletrônicos do Banco24Horas.

Mas o fato é que a moeda virtual será mais completa, pois com a possibilidade de saques, oferecerá tudo o que a moeda atual oferece, com funcionalidades extras.

O dinheiro em papel vai sumir com a emissão do Real Digital?

A ideia não é o fim da emissão de cédulas de papel, mas, com o passar dos anos, a tendência é a diminuição.

Essa diminuição da necessidade de cédulas de papel aconteceu um pouco nas últimas décadas com a popularização dos cartões e nos últimos com o Pix.

Apesar de que não representará o fim do dinheiro em papel, com o passar dos anos pode sim diminuir a necessidade de emissão de cédulas.

Com isso, o próprio governo pode ter uma economia, pois a emissão de dinheiro em papel e moedas gera gastos por conta dos equipamentos e materiais utilizados.

Essa diminuição seria boa para a economia pública e até para o meio ambiente, uma vez que teria um pouco menos de papel e metais tendo que ser produzidos.

Vai valer a pena usar a moeda Real Digital?

Por tudo o que vimos até agora sobre o Real Digital de maneira prévia, vai sim valer a pena utilizá-lo.

Entretanto, para ter certeza e conhecer todas as funcionalidades e utilidades da nova moeda de forma precisa, só mesmo quando for lançada.

E como vimos no texto, o lançamento provavelmente será feito entre o fim deste ano de 2023 e o primeiro semestre de 2024.

Ainda assim, elencamos algumas das possíveis vantagens do uso do Real Digital. Confira!

  • Trazer maior agilidade para as transações nacionais e internacionais
  • Possibilidade de uso prático em compras em estabelecimentos físicos e no e-commerce
  • Possibilidade da utilização em vários países, sem que haja a necessidade de conversão para a moeda local
  • Incentivar a inovação e a concorrência no ambiente virtual
  • Inibir a prática da lavagem de dinheiro e de outros crimes financeiros
  • Diminuir a necessidade da emissão de papel-moeda
  • Facilitar o rastreamento do dinheiro por parte da polícia e do governo quando necessário na investigação de crimes
    Sem problemas de conversão por ter exatamente o mesmo valor em relação ao real
  • Garantir maior segurança jurídica e mais privacidade no compartilhamento de dados pessoais, que por vezes podem ficar um pouco expostos em transferências e no Pix, por exemplo

Conclusão

Gostou de saber mais sobre essa novidade do Banco Central? Qual a sua expectativa para a chegada da moeda digital oficial do Brasil?

Para ficar por dentro das novidades, informações importantes, dicas e os melhores guias sobre tudo que envolve o seu bolso, continue ligado nos textos do Portal Finança.

Diariamente trazemos informações e dicas sobre finanças pessoais de maneira geral, visando melhorar tanto a sua vida financeira quanto a da sua família!