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0%Pelo oitavo mês consectivo o Copom decidiu manter a taxa Selic, no fim da tarde desta quarta-feira (22), o Banco Central (BC) anunciou que a taxa básica de juros continua em 13,75% ao ano, o que pode ser péssimo para a econômia brasileira no momento.
A última vez que a taxa Selic esteve abaixo dos dois dígitos foi em dezembro de 2021, pois desde a pandemia essa taxa tem crescido exponencialmente, saltando de 2% para 13,75% ao ano.
Mas você sabe como a Selic irá impactar no seu bolso? Se a resposta para essa pergunta for não, não tem problema, pois é exatamente isso que iremos explicar na sequência dessa matéria. Então, continue com a gente!
O que é a taxa Selic?
Antes de continuarmos, é importante explicar o que é a Taxa Selic. Considerada um dos principais indicadores do mercado financeiro brasileiro, a sigla representa: Sistema Especial de Liquidação e Custódia.
Como a taxa Selic impacta na vida de todo brasileiro
Porém, apesar do nome simples, ela é talvez a mais complexa taxa do mercado, afinal, sempre que a Selic muda, ela repercute na inflação, empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras.
Por conta de tudo isso, ela é considerada a taxa básica de juros da economia. Isso acontece porque a Selic é a taxa utilizada como base para que os bancos calculem seus juros para os mais diversos serviços que oferecem. Confira!
Na Poupança
A Selic possui uma relação direta e famosa com o rendimento da caderneta de poupança, porém, dessa vez a notícia não é positiva. Como estava muito baixa, sempre que acontecia um aumento da taxa Selic, o rendimento de quem tem dinheiro na poupança melhorava.
Porém os contínuos aumentos da Selic ultrapassaram o limite considerado para o rendimento. Isso acontece por que até 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da Selic mais a variação da TR (Taxa Referencial).
- Leia mais: Poupança perdendo para a inflação, e agora?
Porém, como ela superou a barreira do 8,5%, quanto maior for a taxa Selic, pior é para a poupança. Afinal, ela volta a render pela regra antiga, de 0,5% ao mês mais TR.
Em empréstimos e financiamentos
Porém, o setor que mais sofre impacto com essa nova alta da Selic é o de crédito e prestações, que irá encarecer.
Segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), o juros médio para pessoa física passa de 110,17% para 113,03% ao ano.
Na inflação
Outro impacto acontece na temida inflação, já que a Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Isso acaba impactando no preço de praticamente tudo, desde os serviços até mesmo no supermercado, uma vez que praticamente todos os produtos do mercado sofrerão um pequeno aumento, com base na alta da Selic.
Setor produtivo
Como se já não bastasse tantos impactos no bolso do brasileiro comum, a elevação da taxa Selic também desagradou o setor produtivo.
Na avaliação de entidades da indústria o retorno dos juros a dois dígitos não combate corretamente as causas da inflação e prejudica a recuperação econômica.