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0%Para o terror da vida financeira dos brasileiros, o Copom aumentou a taxa Selic mais uma vez este ano, passando de 13,25% para 13,75% ao ano, ou seja, uma alta percentual de 0,5%. Essa é a 12ª alta consecutiva em 2022.
Esse novo reajuste pode ser ruim para os consumidores endividados, como quem tem cartão de crédito, usa o limite do cheque especial, está pagando empréstimo ou vai solicitar um financiamento, por exemplo.
Mas, em contrapartida, pode ser ótimo para quem quer focar na educação financeira e começar a poupar dinheiro para investir, principalmente se for na renda fixa, que está com ótimo rendimento e são investimentos de baixo risco.
Por isso, nós do Portal Finança preparamos este guia exclusivo para te explicar melhor sobre o impacto da alta da Selic em sua vida, seja nas compras e pagamentos cotidianos ou ao deixar o dinheiro na sua conta rendendo mais que o CDI! Vamos lá?!
Entenda porque o Copom aumentou a taxa Selic
A Selic é a taxa de juros que regula praticamente toda a economia brasileira, ou seja, é ela quem dita se pagaremos mais ou menos durante a contratação de crédito e também se nossos investimentos terão maior ou menor remuneração.
O motivo para o Banco Central aumentar a Selic é basicamente por causa da inflação, que está em alta e afetando os preços no dia a dia do brasileiro.
Na prática, existe uma relação entre Selic e inflação. Quando uma está em alta, mexe-se na outra para diminuí-la.
Assim, como a inflação está cara no Brasil (inflação anual acumulada em julho em 11,4%), o Copom eleva a Selic, para tentar frear o aumento de preços.
A Selic está em alta desde março do ano passado, onde já subiu até o momento 11,75%, considerado o maior choque desde 1999.
Expectativas do mercado com a Selic em alta
Agora que você já entendeu um pouco mais sobre o porquê o Copom aumentou a taxa Selic, é hora de analisar o impacto disso em seu bolso.
Especialistas financeiros acreditam que a Selic vai continuar aumentando nos próximos meses, uma vez que a projeção para dezembro é fechar com a inflação em 7,15%, acima do esperado.
Por isso, a dica é evitar ao máximo fazer novas contas, ou seja:
- Diminua os gastos parcelados no cartão de crédito
- Mantenha o controle nas compras e pague a fatura em dia para evitar os juros por atraso
- Dê adeus ao uso do cheque especial
- Se precisar de empréstimos, busque as opções mais baratas, como crédito consignado, empréstimo com garantia de celular e bens e antecipação do saque-aniversário do FGTS
- Adie a contratação de financiamento de alto valor por enquanto
Já para você que tem uma quantia sobrando na conta e quer multiplicá-la, a ideia é aproveitar o bom rendimento da renda fixa, já que a remuneração é dada pela Selic.
A Selic influencia esses investimentos, ou seja, quando a taxa de juros está em alta, as aplicações da renda fixa rendem mais.
Mas, atenção, é preciso saber onde investir com a Selic em alta, pois não são todos os investimentos da renda fixa que valem a pena.
A poupança é um bom exemplo de onde NÃO aplicar seu dinheiro, pois a regra muda e no atual cenário, está rendendo menos que a inflação.
O ideal é aproveitar para montar sua reserva financeira investindo em títulos públicos e privados com rentabilidade acima do CDI, como CDBs, Tesouro Selic, Tesouro Direto e etc.
Só para você ter uma noção mais clara do que estamos falando, confira a seguir uma comparação breve sobre um investimento de R$5 mil em diferentes ativos da renda fixa durante 12 meses:
Então, em suma, o aumento na taxa Selic é bom para quem quer guardar dinheiro e “ruim” para quem quer gastar!