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O planejamento financeiro é responsável por gerenciar nosso dinheiro e assim nos dar mais segurança e tranquilidade no dia-a-dia.

Entretanto, há aquelas pessoas que não fazem a mínima ideia de o que é planejamento financeiro, assim como aquelas que preferem viver um dia após o outro, sem se preocupar em fazer planos…

Muitas dessas usam tal desculpa como argumento de que a vida toma rumos, muitas vezes, inesperados e que o futuro nunca estará sob seu controle.

Mas, é aí que nos enganamos, pois ter um planejamento é justamente o que nos preparará para lidar com o inesperado.

Estamos falando de imprevistos que mexem com nosso orçamento familiar, como perder o emprego, precisar fazer uma reforma de urgência na casa ou ter que consertar o carro.

Quando isso acontece, aquelas pessoas que não tem um planejamento financeiro mensal definido sofrerão as consequências. 

Por isso, organizar sua vida financeira é tão importante hoje em dia, para que possamos ter controle de nosso dinheiro e assim vivermos em paz.

E muito, além disso, um bom planejamento financeiro pessoal nos possibilita viabilizar nossos sonhos, à medida que os objetivos se concretizem.

Então, seja para manter as finanças em dia, para realizar seus objetivos de vida ou simplesmente sair do vermelho, planejamento é tudo!

Para lhe ajudar nessa missão, preparamos um guia passo a passo de como fazer planejamento financeiro! Vamos conferir?!

1- Convencimento pessoal antes do planejamento financeiro

Em milhares de casos, trabalhamos anos afinco e percebemos que não conseguimos acumular riqueza alguma com o passar dos anos. 

E pior, mesmo trabalhando diariamente e exaustivamente ainda temos dificuldades financeiras…

Isso leva a um desânimo natural, afinal, parece que estamos nos dedicando e não estamos saindo do lugar.

Você sabe qual é o motivo para isso? É a falta de planejamento financeiro!

Não é necessário ganhar na loteria para ficar rico, nem ser dono de uma empresa ou trabalhar em dois empregos.

Mas, se não tiver um bom controle de suas finanças, nunca conquistará seus objetivos de vida. 

Você poderá ganhar 10 mil reais por mês, se não tiver conhecimento para lidar com seu dinheiro, esse nunca será o suficiente. 

Então, o primeiro passo para ter um planejamento financeiro pessoal de sucesso é começar a se convencer que é necessário mudar a sua mentalidade sobre o dinheiro.

Não fale sobre a falta dele, mas sim como você pode torná-lo mais produtivo, ou seja, poupar e investir.

Além disso, faça uma reflexão sobre a importância do dinheiro em sua vida, argumentando que é possível e preciso cuidar corretamente de suas finanças pessoais.

Depois disso, elenque quais são suas reais prioridades e se convença de que uma mudança radical deve ser incorporada em seu modo de pensar e agir.

Isso significa começar a se planejar em curto, médio e longo prazo, através da economia, redução e investimento. 

2- Conhecimento financeiro

Conhecer seu orçamento é essencial para saber como fazer planejamento financeiro.

Por isso, após tomar consciência pessoal sobre seu dinheiro e a importância dele em sua vida, você deve buscar por ferramentas para lidar com suas finanças.

Estamos falando basicamente de entender melhor sobre suas finanças pessoais, isto é, quais são as regras básicas para não viver endividado e até mesmo acumular riqueza.

Para isso, precisaremos ter conhecimento técnico sobre dois fatores: Balanço patrimonial e Fluxo de caixa.

De modo geral, o balanço patrimonial mostra tudo o que você possui e tudo o que você deve, em uma determinada data. 

Em linguagem mais técnica, mostra os ativos (bens e direitos) e passivos (dívidas e obrigações a cumprir), em dado momento. 

Vamos à um exemplo prático: Certo dia, um casal realizou o levantamento de todos seus ativos (bens) e passivos (dívidas), da seguinte forma:

  • Ativos
    • A casa estava avaliada em R$250.000,00;
    • O carro possuía um valor de mercado de R$20.000,00; 

Somando-se o valor de venda dos bens de maior valor da casa, chegou-se a R$10.000,00; 

  • Passivos
    • A casa era financiada, sendo o seu saldo devedor de R$60.000,00;
    • O carro, também financiado, ainda possuía um saldo devedor de R$10.000,00;
    • Somando-se o valor de cada um dos ativos, chega-se a um valor de R$280.000,00.

Pelo lado do passivo, as dívidas que ainda faltam ser pagas representam R$70.000,00. A diferença entre esses dois valores resulta no que se denomina Patrimônio Líquido, num total de R$210.000,00 (diferença entre valor dos ativos e valor das dívidas). 

Então, basicamente, o seu patrimônio será aquilo todo o montante que tem menos o que deve. Essa é a sua real renda. 

Já o fluxo de caixa refere-se ao controle das entradas e saídas de dinheiro ao longo do tempo.

Estamos falando principalmente de suas receitas (salário, por exemplo) e das despesas do dia-a-dia, com alimentação, aluguel, contas de água e luz, vestuário, dentre outras. 

É o fluxo de caixa que permite mensurar seus hábitos de consumo ao longo do tempo, oferecendo um diagnóstico completo e detalhado sobre como você lida com suas finanças.

Aliando esses dois conceitos, podemos melhorar a nossa percepção sobre o dinheiro e assim construir um planejamento financeiro mais sólido e eficaz.

O ideal é que o balanço patrimonial ande alinhado com o fluxo de caixa, pois se há muita saída de dinheiro ao longo do tempo, o seu patrimônio será prejudicado.

Resumidamente, se você não tem um bom fluxo de caixa (gasta mais do que ganha), nunca irá adquirir nada de verdade e consequentemente não acumulará riquezas.

E quando falamos em riquezas, não necessariamente que seja se tornar milionário…

Uma pessoa com mentalidade pobre preocupa-se apenas em ter, prefere consumir e se realizar comprando, comprando e comprando. 

O pobre mede a sua própria riqueza olhando apenas a coluna de ativos do balanço patrimonial (carro, casa, roupas, aparelhos eletrônicos), nem que isso signifique possuir um péssimo fluxo de caixa, o que certamente irá resultar em dívidas.

Já aqueles com mentalidade rica concentram seus esforços em ser, pensando no dinheiro como uma ferramenta para se tornar uma pessoa melhor.

O rico está preocupado com fluxo de caixa, buscando constantemente gastar menos do que ganha, para que ao longo do tempo nunca lhe falte dinheiro.

É justamente aí que mora o segredo, pois o rico planeja-se financeiramente, sabe esperar, é disciplinado e não se satisfaz apenas no consumo de bens momentâneos, pois dá prioridade aos ativos que colocam dinheiro em seu bolso (investimentos).

3- Definição de objetivos para o planejamento financeiro

Agora que você já tem uma noção mais clara sobre seus ativos e passivos, chegou o momento de começar a definir os objetivos que o levarão a independência financeira.

Esses objetivos devem ser claros e realistas, para que promovam de fato uma mudança de comportamento em sua vida e possibilite a realização de seus sonhos.

Isso é extremamente importante considerando que pessoas que não definem objetivos para a utilização de seu dinheiro, geralmente, caem em dois tipos de armadilhas: 

  • Não conseguem poupar e em algum momento, por impulso, acabam gastando tudo que tem. Assim, privam-se por um bom tempo de diversas vontades para depois gastar com algo que não os satisfazem. Em seguida, começam novamente o ciclo de poupança, porém, sem saber ao certo para quê. 
  • Acreditam que nunca terão o bastante para realizar seus sonhos, achando que é impossível alcançá-los com o nível de renda atual. Assim, não poupam e estão sempre reclamando, vivendo sem um planejamento para o futuro e gastando boa parte de suas energias para pagar as contas do fim do mês.

E quanto a você, se encaixa em algum desses dois tipos de pessoas? Se sim, é hora de transformar esse cenário!

Para isso, a melhor dica é traçar metas de curto, médio e longo prazo para por sua vida financeira nos eixos. 

Um exemplo é o seguinte: Irei quitar o financiamento da minha casa, no valor de R$70 mil nos próximos cinco anos e assim dar uma folga em meu orçamento.

Tendo isso em mente, comece a dar valor para cada centavo gasto ou investido e sempre lembrando que economizar é a principal ação para facilitar seu projeto de realização pessoal.

4- Mudança de hábitos

Chegamos ao nosso quarto passo de como fazer planejamento financeiro, onde aprenderemos mais sobre as mudanças de hábitos em nossas finanças.

Basicamente, aqui estamos falando de sair da situação de endividamento ou de incapacidade de poupar dinheiro.

Só que para isso será necessário adquirir bons hábitos financeiros, que possibilitem uma melhora na qualidade de vida.

O melhor instrumento que você tem para avaliar os seus hábitos é o seu fluxo de caixa.

Através de um controle diário das entradas e saídas de dinheiro você conseguirá fazer um diagnóstico sobre as causas dos seus problemas financeiros e assim traçar um planejamento adequado ao seu orçamento.

Por isso, se deseja mudar o rumo de suas finanças, é essencial fazer esse diagnóstico preciso sobre suas receitas e despesas.

Algumas perguntas que podem lhe ajudar são:

  • Você gasta mais do que ganha? 
  • No mês, qual é essa diferença entre receitas e despesas?
  • Quais os itens que mais contribuem para suas despesas?
  • Qual a porcentagem dos itens consumidos que podem ser eliminados de suas despesas?
  • Qual impacto uma mudança de hábitos de consumo causará em suas finanças futuras?

Bom, tomara que você tenha se saído bem nas respostas, mas, via regra geral, a grande maioria das pessoas acaba percebendo que boa parte de seus gastos estão fluindo para pagamento de dívidas…

E, normalmente, essas dívidas são com financiamento da casa própria ou carro, parcelamento de compras no cartão de crédito, uso de limite de cheque especial, crédito consignado e empréstimos pessoais. 

O grande problema disso é que tudo isso compromete seu orçamento e implica em juros, que no Brasil as taxas são altíssimas.

Isso aumenta drasticamente as chances de endividamento, onde você mesmo tira o dinheiro do seu bolso e acaba trazendo preocupações para sua vida. 

Por isso, pare de fazer dívidas, pois essas são pagas com sua renda mensal ou com a venda de bens e vimos que isso não é nada produtivo para seu planejamento financeiro e orçamento, correto?!

Se for preciso quebre o cartão de crédito, procure a ajuda de um psicólogo para entender como lidar com essa compulsão por comprar, enfim.

Além disso, você pode:

  • Rever seus hábitos de consumo através da análise do fluxo de caixa;
  • Conversar com toda a família e se engajar na diminuição de gastos;
  • Ficar de olho em oportunidades para ganhar um dinheiro extra;
  • Focar seus esforços na compra de ativos bons (investimentos) e diminuir a sede por ativos ruins (financiamentos e contas parceladas);
  • Planejar-se em longo prazo, especialmente para os próximos 10 anos. 

Com certeza não será uma tarefa fácil, mas grande parte do seu futuro depende apenas de seu esforço na hora de fazer e seguir o planejamento financeiro

Adquirir bons hábitos financeiros trata-se de um exercício diário, mas você é capaz e quando começar a colher os frutos se motivará cada vez mais!

Portanto, finalizamos nosso guia e esperamos ter lhe mostrado um pouco mais sobre o que é planejamento financeiro, sua importância e como colocá-lo em prática.

E lembre-se sempre que de um bom planejamento é pautado em conhecimento pessoal, ou seja, tenha consciência sobre o que está fazendo e por que!