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O mês de julho nem começou e a população brasileira já recebeu uma péssima notícia: a conta de luz vai subir novamente.

Aprovado na noite desta terça-feira (29), pela a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a partir do mês de julho as contas de luz terão um reajuste de 52% no valor da bandeira tarifária vermelha de patamar 2.

Até então, o preço cobrado a cada 100 kw/h era de R$ 6,24, mas com o reajuste ele passará a custar R$ 9,49. Além disso, as outras bandeiras também sofrerão um aumento em seus valores.

Veja como ficam os preços de cada bandeira:

  • Bandeira verde: segue sendo gratuita
  • Bandeira amarela: sobe de R$ 1,343 para R$ 1,874 (a cada 100 kW/h)
  • Bandeira vermelha patamar 1: desce de R$ 4,16 para R$ 3,971 (a cada 100 kW/h)
  • Bandeira vermelha patamar 2: sobe de R$ 6,24 para R$ 9,49 (a cada 100 kW/h)

A parte boa desta notícia, se é que existe algo de bom, é que pela previsão esses valores perdurem pelo menos até novembro, que é quando normalmente as chuvas retornam e enchem os reservatórios hídricos.

Outra parte positiva é que a bandeira vermelha patamar 1 ficou quases 20 centavos mais barata, e a bandeira verde, que indica boas condições de geração de energia, segue sendo 100% gratuita desde a adoção do sistema, em 2015.

Porque a conta de luz irá aumentar novamente?

A justificativa dada pela Aneel é que como o país está com um baixo índice de chuvas, os reservatórios hídricos estão sofrendo com a queda do nível de água e não conseguem produzir energia suficiente para sustentar todas as regiões.

Como isso irá impactar no seu bolso

De forma bem clara, o reajuste da bandeira tarifária será sentido por todos que usam energia elétrica e recebem uma conta de luz, menos para quem está na bandeira verde, que continuará isento de pagar a conta. Já quem utiliza qualquer uma das outras bandeiras precisará calcular como o reajuste será sentido.

Como calcular o aumento em sua conta de luz?

Para saber se você sofrerá com ele, pegue sua última(s) conta(s) de luz e veja qual é a bandeira que você está e quantos 100 kW/h você utiliza mensalmente. Após ter esses números em mãos, multiplique-os pelos novos valores que foram citados acima.

O horário de verão vai voltar?

Apesar de ser um grande aliado da economia de energia, a volta do horário de verão não está sendo debatida no momento. Extinto em meados de 2019, por meio de um decreto de lei assinado pelo Presidente Jair Bolsonaro, com recomendação do Ministério de Minas e Energia, o horário de verão deixou de vigorar em âmbito nacional.

Na época, uma pesquisa feita pelo próprio Ministério das Minas e Energia mostrou que 53% dos brasileiros era favorável ao fim da prática. O horário de verão existe no Brasil desde 1931, porém não era algo fixo, apenas entre os anos de 1985 e 2018 que ele passou a ser feito anualmente.

Para quem não se lembra, o horário de verão funciona da seguinte maneira. Entre os meses de Novembro e Março, os relógios eram adiantados em uma hora, aumentando assim o tempo de luz solar e diminuindo a necessidade do consumo de eletricidade.

Racionamento de energia não está descartado

Apesar deste assunto não ter sido abordado pelo Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em coletiva, é possível que ainda em 2021 o Brasil precise passar por um racionamento de energia, em meio a uma grave crise hídrica.

Isso significa, que apagões e/ou falta de energia poderão ocorrer, algo similar ao que aconteceu no país entre 2001 e 2002. Para evitar isso, o aumento é visto pelo governo como uma forma de ‘racionamento forçado’.

Como diminuir o valor da conta de luz?

Por mais que os novos valores das bandeiras tarifárias não pesem tanto em seu orçamento, economizar no consumo de luz faz bem para o meio ambiente e para o seu bolso.

Sendo assim, a dica é tentar reduzir ao máximo o consumo mensal em sua residência, pois dessa forma você utiliza esse recurso com mais eficiência e pode usar o valor economizado para outras despesas fixas, afinal, em momentos onde a inflação está nas alturas, o salário não dá conta de tudo, não é mesmo?!